Palavras, expressões e algumas irritações: vento

Não se pode afirmar com total garantia que estes fenómenos destruidores tenham que ver com alterações climáticas. Certo é que cada um de nós pode poupar o planeta e o seu aquecimento. Não custa assim tanto. Esta é uma mensagem que é preciso espalhar “aos quatro ventos”

“Deslocação do ar atmosférico, resultante da diferença de pressão entre dois pontos, deslocação que se dá das altas para as baixas pressões, junto da superfície terrestre.” Assim se define “vento” num dicionário comum.

Conforme a velocidade desta deslocação de ar e a dimensão da área afectada pela sua influência, podemos estar perante uma tempestade tropical, um tornado, um ciclone, um tufão, um furacão e até um “supertufão”, como foi considerado o Haiyan, que soprou a 8 de Novembro de 2013 nas Filipinas e atingiu 300km/h. O que corresponde a um furacão 5, valor máximo na classificação de Saffir-Simpson, seguida pelos serviços meteorológicos dos Estados Unidos.

Por estes dias, foi o Irma que chegou a esse topo da escala, provocando grande destruição nas Caraíbas. Na sexta-feira, o furacão baixou para categoria 4. No entanto, a notícia era a seguinte: “Autoridades avisam que tempestade pode ‘devastar’ a Florida ou outro estado vizinho.”

A preocupação do governador republicano daquele estado era bem nítida nas suas declarações em conferência de imprensa: “Não posso insistir mais nisto: não ignorem as ordens de evacuação. Podemos reconstruir a vossa casa, mas não a vossa vida. Levem aquilo de que precisam, mas apenas aquilo de que precisam.”

Não se pode afirmar com total garantia que estes fenómenos destruidores (cada vez mais frequentes no Atlântico) tenham que ver com alterações climáticas. Mas certo é que cada um de nós pode tentar o mais possível poupar o planeta e o seu aquecimento. Não custa assim tanto. Esta é uma mensagem que é preciso espalhar “aos quatro ventos”.

A rubrica Palavras, expressões e algumas irritações encontra-se publicada no P2, caderno de domingo do PÚBLICO

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