Palavras, expressões e algumas irritações: vacina

Diz um dicionário enciclopédico que “vacina” é um “produto biológico preparado pelo homem com a finalidade de dar protecção aos indivíduos contra doença infecto-contagiosa”. Já sabíamos, mas quisemos confirmar.

Um dicionário comum diz mais: “Substância preparada com microrganismos patogénicos, mortos ou atenuados, que se introduz no corpo de uma pessoa ou de um animal para provocar a produção de anticorpos contra determinado agente infeccioso.” Era mais ou menos o que se previa encontrar ali. Já o exemplo parecia encomenda: “Tomar a vacina contra o sarampo.”

Por estes dias, soube-se que, em Portugal, mais de 95 mil crianças e jovens não estarão vacinados contra o sarampo e que haveria 21 casos de contaminação com esta doença. Pior foi a informação da morte de uma jovem de 17 anos não imunizada por ter feito alergia grave a outra vacina durante a infância. “Terá sido contagiada por um bebé de 13 meses, que também não estava vacinado”, noticiou-se.

Integrada no Plano Nacional de Vacinação, a vacina contra o sarampo é ministrada em conjunto com a imunização contra a parotidite (papeira) e contra a rubéola – uma tríplice identificada pela sigla VASPR.

“A doença, que estava praticamente desaparecida em Portugal desde 1994 e cuja eliminação tinha sido reconhecida pela Organização Mundial da Saúde no Verão do ano passado, está agora a reaparecer”, informou-se.

E fica-se pasmado com a decisão de alguns pais de não vacinarem os filhos, pondo-nos a todos em perigo, desprezando anos de investigação científica e milhares de mortos ao longo de séculos. Negligentes? Ignorantes? Alternativos?

Poderão sempre alegar que são “maiores e... vacinados”. Graças aos pais, que os imunizaram no tempo certo.

Palavras, expressões e algumas irritações é uma rubrica do caderno P2

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