Cartas ao director

PT, uma das maiores fraudes portuguesas

Desde muito cedo que me interroguei sobre o facto de uma das grandes empresas portuguesas ter caído da forma como caiu. Não nos podemos esquecer da altura em que a PT, em parceria com a Universidade de Aveiro, desenvolveu de forma surpreendente a fibra óptica. Com esta investigação realizada em parceria entre duas entidades de renome, grandes passos foram dados e consolidados, tendo,  então, todo o país beneficiado desse saber em termos de comunicação via fibra óptica mas, de repente, sem que nada o fizesse supor, a PT caiu.

Sabemos hoje que não caiu por acaso. Caiu por alguém, sem o mínimo de sentido da realidade, quis que caísse. A caminhada da PT para o abismo não foi casual. Só foi possível porque pessoas como José Sócrates, Ricardo Salgado, Henrique Granadeiro e Zeinal Bava, entre outros, assim o quiseram. Quem perdeu? Portugal e a PT. Quem ganhou? Uma vez mais os que agem sem escrúpulos, isto é, os corruptos. Chegados aqui o que nos resta? Esperar pela justiça demorada e sempre complacente para quem tem nome ou poder? Penso que não.

Devemos, isso sim, exigir firmemente que a justiça verdadeira, aquela justiça que não leva em consideração o nome dos envolvidos e que tem somente como objectivo castigar quem deve ser castigado, seja aplicada de forma imparcial. Se tal vier a acontecer e no dia em que isso suceder, serei mais um português contente por verificar que no meu país a justiça é algo que é importante e que é verdadeiramente levado a sério. Tenho medo é que esse dia nunca chegue.

Manuel Morato Gomes, Senhora da Hora

 

Estamos em guerra contra os fogos!

Não consigo mais ver visitas de ministros e do primeiro-ministro aos locais destruídos pelos fogos, a anunciar a reconstrução de alguma casas para os que ficaram sem elas. Acho que deveria haver mais respeito para com os mortos e as suas famílias.

Façam uma boa pausa no "politicamente correcto", deixem as poses ministeriais, inventariem as responsabilidades e sancionem os responsáveis, mesmo os do topo. Haja pudor para com o sofrimento alheio, não exibam sorrisos contentes ao distribuir uns cheques. Assumam que falharam, como responsáveis pela segurança das pessoas e bens.

Acabe-se com a burocracia para atenuar a dor e as perdas materiais. Nós estamos em guerra com os fogos. Fogos que este ano já permitiram que fossem acusadas 91 pessoas de os atear. Imagino quantas dezenas mais não estiveram envolvidas nestes crimes. Como é possível haver ignições nocturnas, em locais diferentes e cirurgicamente ateados? E o secretário de Estado da tutela a queixar-se desta desgraça. Devia era fazer tudo ao seu alcance para prevenir. E prevenir com as Forças Armadas na floresta, a patrulhar os pontos mais desprotegidos, onde esses bandidos se acoitam cobardemente para atear fogos.

Manuel Martins, Cascais

 

Sugerir correcção
Comentar