Cartas ao director

Dignificar a democracia

No xadrez sociopolítico continuamos a assistir a situações inadmissíveis (…) de alguns intervenientes nas diversas funções. Circunstâncias que não dignificam a democracia e potenciam a descrença nos cidadãos. Assim, perante este cenário é fundamental, na minha perspectiva, legislar-se no âmbito dos requisitos para elevar o exercício da actividade política. Algo que necessita de maior sentido de responsabilidade e sensibilidade e onde acresce o estatuto de deputado que, infelizmente, continua a permitir acumular com outras actividades profissionais no sector privado, em contradição com a maioria dos portugueses. Efectivamente o mundo mudou (...) no qual é premente combater as assimetrias sociais, maior transparência nas instituições e nos diversos sectores laborais, ao invés de comportamentos negativos e reprováveis. Um contexto evidente que, na generalidade dos casos, os pressupostos somente convencem os mais distraídos.

Manuel Vargas, Aljustrel

 

O verdadeiro artista

Nesta longa metragem sobre o comportamento de alguns governantes face à  corruptela comum e que o Governo em exercício vem oferecendo aos portugueses, do que eu gostei mesmo foi da interpretação de Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros.

Dotado de grande talento, possuidor já duma vasta experiência no ramo, veio explicar aos contribuintes que não devemos recusar ofertas para não faltar ao dever de cortesia!... Bravo! É assim mesmo! Educação acima de tudo, transparência e sobriedade depois! A genial Agustina Bessa Luís dizia que “ não devemos recusar aquilo que nos oferecem, pois podem pensar que as não merecemos”.

Cultos e ilustres, membros do governo e deputados que foram à final do Europeu, enfim, não fizeram nada que estivesse fora dos cânones! Embevecidos, convencidos e adormecidos os portugueses continuam a assistir ao desfile politico sem dar conta que a divida pública aumenta e todos teremos que a pagar. Um dia, no futuro!

José Manuel Pavão, Mirandela, Porto

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