Cartas ao director

Factos

 O incêndio de Pedrógão teve nas duas primeiras horas do seu desenvolvimento 20 bombeiros a combatê-lo, na sua maioria voluntários, no final mais de 2000; no seu início nenhum meio aéreo, no final, meios vindos de Portugal, Espanha, França e até Marrocos; dos anteriores inquéritos a desastres deste tipo nenhuma consequência prática foi retirada, do futuro inquérito espera-se o mesmo desfecho...; o sistema de comunicação em caso de calamidade, o SIRESP, falhou no passado, falhou no presente - pelo meio, segundo se suspeita, terá enchido alguns bolsos - e... falhará no futuro...

No terrível incêndio de Londres, ocorrido poucos dias antes do de Pedrógão, o Estado irá levar a Tribunal os responsáveis com a acusão de homicídio por negligência, em Portugal ninguém põe tal hipótese...

 

Como cidadão não acredito que este Estado me proteja em caso de calamidade, como os meus concidadãos vítimas do terrível incêndio de Pedrogão não acreditaram e, estando por sua conta, pereceram.

 Ezequiel Neves, Lisboa

 

 

Alentejo galardoado

 Recentemente, com o timbre da Unesco, Castro Verde no distrito de Beja foi classificada como Reserva da Biosfera. Um reconhecimento que assenta no trabalho de integração equilibrado entre o homem e a natureza, compatibilizando actividades económicas como a agricultura, a pecuária, o turismo e a mineração com a conservação de espécies (...) ameaçadas a nível mundial. Algo onde é legítimo salientar o contributo da autarquia local, da Liga para a Protecção da Natureza (LPN) e a Associação de Agricultores de Campo Branco, subscritores da candidatura.

Mas, face à ausência de divulgação sobre o assunto nos órgãos de informação, permitam-me questionar: Como foi possível esta atitude comportamental mediante a sua importância para o país? Enfim, é tempo de regozijarmo-nos e felicitar, tal como fez o nosso Governo, os elementos que contribuiram para a operacionalização do projecto referido.

Manuel Vargas, Aljustrel

 

Segurança nacional

Os incidentes com os malfadados drones e a aviação comercial, começam a tomar proporções alarmantes. O ponto é de que os drones, além de colisões desastrosas que possam provocar com a aviação, podem ser uma arma de ataque aos Palácios da Presidência, do Parlamento ou do primeiro-ministro. Numa época de terrorismo em que estes sofisticam os meios de destruição, deixar nas mãos de civis estes perigosos aparelhos, é estar à espera duma desgraça.

Duarte Dias da Silva, Lisboa

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