Cartas ao director

Coreia do Norte, novo Vietnam?

A Administração de Donald Trump é contestada internacionalmente e pelos seus correligionários republicanos. A sua política errática, ambígua e de policiamento do mundo contradiz com o prometido. Também a Rússia imperialista usa o poderio bélico para reforçar a sua influência geopolítica, tendo avisado os EUA: “Nova agressão à Síria será uma ameaça à Rússia.” De repente, o imprevisível Trump bombardeou a Síria, o Afeganistão e prepara-se para “meter na ordem a Coreia do Norte”. Um governante norte-coreano foi taxativo: “À guerra nuclear, responderemos nuclearmente. Um ensaio nuclear será feito.” O presidente Trump, não tendo educação política, não deve menosprezar um exército de mais de um milhão de militares e os ataques kamikazes (suicidas) da Coreia do Norte. As Nações Unidas são manietadas por vetos políticos. A UE, como relevante bloco político e económico, já devia ter agido diplomaticamente para uma solução de paz e não continuar silenciada. (…)

Vítor Colaço Santos, S. João das Lampas

Das palavras aos actos

Num contexto de pobreza no qual vivem muitos cidadãos em Portugal, a existência de respostas sociais é muitas vezes encarada como último recurso, em que o voluntariado faz toda a diferença na vida dos cidadãos mais vulneráveis, sendo a pobreza uma mancha em qualquer sociedade. Não há melhor exercício para o coração do que estender um braço para ajudar a levantar alguém, mas é preciso em primeiro lugar despirmos a capa dos preconceitos e procurarmos identificar-nos com os cidadãos para os quais uma palavra amiga ou um simples gesto de solidariedade podem traduzir-se num estímulo para se conseguirem ultrapassar as dificuldades. Finalmente neste país parece existir uma preocupação com uma realidade que muitos fingem não existir, ou simplesmente ignoram, o que não é o caso da mais alta figura do Estado, cujo exemplo deveria ser seguido por muitos, não se escondendo atrás do seu estatuto para não estar junto daqueles que mais precisam. A atitude do Sr. Presidente da República, na sua relação de proximidade com os cidadãos, independentemente da sua condição social, revela uma preocupação com todos. (…)

Américo Lourenço, Sines  

Desporto não é guerra

A enorme maioria de adeptos do desporto, e do futebol em particular, é gente ordeira e serena que sabe que o espectáculo não é motivo para inimizades. (…) Naturalmente, cada um quer que o seu clube ganhe; mas daí a passar a linha divisória entre aquele legítimo desejo e a transformação num cenário perigoso para todos vai uma grande distância. Culpar apenas o futebol e os adeptos é, todavia, simplificar demasiado o problema. Se à nossa volta vemos tanta violência, da mais variada natureza — e violência não é apenas bater ou matar —, seria extraordinário que nos estádios, por vezes com uns "copos" a mais, tal não sucedesse. Como interrompi os meus estudos para padre — se calhar também por o SLB ter bisado o título europeu nesse ano —, talvez os celebrantes da eucaristia, de Norte a Sul, pudessem apelar a que sejamos mais amigos uns dos outros, dentro e fora dos estádios. Para os que não vão à igreja, recomenda-se que atendam às recomendações de outras organizações que aconselham o autocontrolo e convívio pacífico.

Antides Santo, Leiria

 

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