Cartas à Directora

O PR (e bem) a unir e parte do anterior Governo contra tudo

Como seria de esperar temos o PR, Marcelo Rebelo de Sousa, muito bem na Presidência da República, a “puxar” pela unidade do País e com o Governo actual legítima e democraticamente eleito, e a pedir “humildade” aos que hoje estão, necessariamente na Oposição. E parte destes, e ainda bem que nem todos, dado que a direita mais à direita parece mais “civilizada”, não escondem o desgosto de não continuarem Governo.

Bem, como o nosso PR bem entendeu e a maioria de nós – mais que 50%, faz maioria! – o Governo que  hoje tem possibilidade de o ser, é o que lá está, ponto. E até na Desunião Europeia já está como adquirido que este é o Governo.

E como não existem alternativas, mesmo indo amanhã a correr para eleições, seria para bem do país quereremos todos, assumir esta situação. E dentro do tempo, que o tempo fará decorrer, outros cenários virão ou não a acontecer! Hoje, é este. (…)

E o actual Governo tem feito os possíveis por ser Governo. E tem tentado dar mais ânimo à População e ao País, o que não é fácil, até por termos todos ainda alguns vícios da Ditadura que não passaram completamente ao fim destes 42 anos, e ainda há muita “saudade” de ter alguém que nos trace o destino e nos obrigue a “ir por ali”. (…)

Pelo que, os que “não” estão lá, por não terem como estar, deveriam olhar o País como o que deve ser defendido e não unicamente os seus postos, o seu poleiro, o seu futuro político.

Esperemos que o Governo consiga fazer Obra, uma vez  que na Economia e no Emprego muito está por fazer, e continuemos a contar com o actual Presidente da República que neste tempo nada fácil está a fazer muito bem o que não foi feito nos últimos mais de 10 anos.

Augusto Küttner de Magalhães, Porto

 

Cadê os outros!?

Foi uma expressão celebrizada num programa de televisão humorístico brasileiro. Havia um personagem que assim exclamava, ao ser acusado de ter feito algo errado, surpreendido por ser apenas ele o apontado, quando inúmeros outros em seu redor fariam igual ou pior.

É uma situação que traduz um sistema pouco são. A justiça, formal ou informal, não deverá ser tendenciosa. No entanto, se há 20 condutores em excesso de velocidade e apenas eu sou apanhado, não me servirá de nada invocar o “Cadê os outros?” Muito mal andaríamos se isso fosse motivo de absolvição.

Surpreende-me no caso do processo de destituição de Dilma Rousseff ver esse tipo de argumentação ser usado em sua defesa. Não está correto (?) porque os que a irão substituir têm tantos ou mais telhados de vidro do que ela (para não usar palavras mais feias). Provavelmente hoje na classe política brasileira poucos existirão realmente limpos, mas será isso motivo de “absolvição” ou de relativização, ainda por cima estando em causa a Presidente da República?

No Brasil ou em qualquer lugar, os países só evoluem se houver leis e justiça, iguais para todos na teoria e na prática, de preferência deixando a invocação de Deus, assim como as graçolas e os insultos fora das instituições.

Carlos J F Sampaio, Esposende

Sugerir correcção
Comentar