A exploração dos depositantes

Os bancos não alteram espontânea e significativamente a sua conduta, mas fazem mal. Pode vir um tempo em que precisem mas não possam contar com o apoio do público e do Governo que tiveram no passado.

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As subidas das taxas de juro do BCE têm sido más notícias para quem tem ou quer contrair empréstimos bancários, porque encarecem as prestações a pagar, mas também não têm sido boas notícias para os depositantes, pois os bancos têm sido rápidos a subir as taxas dos empréstimos e quase não têm aumentado as dos depósitos. O resultado desta assimetria tem sido o alargamento da diferença entre os juros recebidos e os pagos pelos bancos, a principal fonte dos seus avultados proveitos. Acrescem as comissões cobradas aos clientes, parte das quais injustificadas ou desproporcionadas, e os juros que passaram a receber dos seus depósitos no Banco de Portugal. Por tudo isto, os bancos tiveram lucros exorbitantes em 2022 e no 1.º trimestre de 2023.

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