O “corte de asas” que ameaça o triunfo de Miguel Oliveira

O corajoso piloto português surpreendeu todos neste início de temporada: apesar de protagonizar momentos de pura maestria, a sua jornada arrecadou mais quedas do que vitórias.

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Megafone P3: O “corte de asas” que ameaça o triunfo de Miguel Oliveira EPA/Jose Manuel Vidal
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No mundo veloz e emocionante das corridas de Moto GP, Miguel Oliveira emerge como um verdadeiro piloto que personifica a determinação. Com habilidades inigualáveis, visão estratégica e perspicácia, o corajoso piloto português surpreendeu todos neste início de temporada: apesar de protagonizar momentos de pura maestria, até ao momento, a sua jornada arrecadou mais quedas do que vitórias. Com 21 pontos, posiciona-se, agora, em décimo sexto lugar no Campeonato que conta com 27 pilotos.

Desde o primeiro grande prémio do campeonato, ficou clara a firmeza de Miguel Oliveira em atingir a glória. Partindo do 4.º lugar em Portimão, os adeptos portugueses esperavam que a destreza e audácia do piloto resultassem num pódio, no entanto, a colisão infeliz com Marc Márquez fê-lo abandonar a corrida no início da terceira volta. O atleta da RNF Aprilia arrancou de maneira impressionante, mantendo a liderança na primeira volta, mas após uma decisão incompreensível de Márquez, a oportunidade de Miguel Oliveira prosperar na abertura do campeonato mundial foi arruinada.

O piloto da Honda acabou com uma penalização de duas long laps, que seria aplicada na corrida seguinte. Contudo, devido à sua ausência prolongada em resultado de uma fractura motivada pelo incidente com Oliveira, a penalização ficou sem efeito.

Embora seja compreensível que o número limitado de participações de Márquez tenha sido considerado como uma forma de penalização, esta decisão da FIM (Federação Internacional de Motociclismo) tem gerado muitas dúvidas relativamente à consistência das penalizações e à igualdade de tratamento entre os pilotos. A imposição de penalizações é uma parte essencial do desporto, garantindo a justiça e a segurança dos pilotos. Afinal, os atletas devem ser responsabilizados pelas suas acções e arcar com as respectivas consequências, independentemente da regularidade com que participam nas corridas.

Miguel Oliveira sofreu uma contusão na perna direita cuja recuperação dependia exclusivamente de descanso, tendo só voltado à competição passadas três semanas, no GP das Américas. Aparentemente, a sorte também não acompanhou o nosso “Falcão” neste Grande Prémio. Na primeira volta da corrida, graças ao choque com Marco Bezzecchi, Quartararo perdeu o equilíbrio e acabou por levar Oliveira para a gravilha.

“El Diablo” teve a oportunidade de regressar à corrida, enquanto Miguel Oliveira foi obrigado a retirar-se, mais uma vez. Neste caso, os danos foram mais graves, tendo deslocado o ombro esquerdo. O português desconhece quando regressará ao campeonato, dado que prioriza a recuperação completa para competir, mesmo que tal signifique um atraso.

A FIM não demorou a atribuir a penalização de uma long lap ao piloto francês, mas, com todo este infortúnio, o caminho de Miguel Oliveira para alcançar a vitória, da qual é capaz, torna-se mais pedregoso.

Mesmo assim, Miguel Oliveira não descarta a hipótese de vencer o campeonato, uma vez que “dos 700 e tal pontos disponíveis no campeonato, ainda nem 100 foram atribuídos”, como referiu numa entrevista ao Observador a 22 de Maio. Ao que parece, os incidentes não abalaram a esperança e a motivação do número 88 que promete um regresso em força.

O retorno de Oliveira é aguardado com expectativa. Que o seu espírito indomável o ajude a conquistar excelência em cada curva e recta que se aproximam, e que a sua paixão inabalável o ajude a voar mais alto e a chegar ao topo.

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