Como arrumar os pobres no seu devido lugar

Construir habitação social exclusivamente em bairros pobres vai criar um apartheid socioeconómico, uma Lisboa estratificada.

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A Gebalis mudou de instalações. Deixou de ocupar um edifício, que era sua propriedade, e tomou de arrendamento outro edifício, numa das zonas mais caras da cidade, propriedade de privados, por uma renda de 33 mil euros mensais. Celebrou contrato pelo prazo de cinco anos, pelo que estamos a falar de um encargo previsível de dois milhões de euros. Reparem que passou de não ter encargos com as instalações para pagar uma renda milionária e que se trata de uma entidade que faz a gestão dos bairros municipais de Lisboa, recebendo rendas sociais, ou seja, rendas baixas calculadas em função dos rendimentos de quem lá vive. O recebimento dessas rendas esgota as receitas da Gebalis. Qual a lógica de uma entidade que tem o orçamento assente neste tipo de receitas pagar uma renda deste valor?

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