O Facebook é o “maior cemitério do mundo”

Fantasmas Digitais, de Davide Sisto, é um ensaio sobre a ubiquidade da morte no mundo digital. “Quando a vida biológica de um indivíduo termina, a digital permanece como se nada tivesse acontecido.”

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Já aconteceu a muitos de nós ao abrirmos o Facebook: de repente, durante um scroll insuspeito, surge a fotografia de alguém que já morreu, partilhada por amigos naquela rede social. Muitas vezes a fotografia está acompanhada de um texto que a pessoa que já morreu escreveu e partilhou, em vida. “O destino de cada um de nós está marcado: tornar-nos-emos fantasmas digitais, permanentemente à disposição da posteridade e, por conseguinte, involuntariamente capazes de viver para sempre, sem o nosso prévio consentimento, como testemunhas incómodas da passagem da morte e da impossibilidade contemporânea de desaparecer e de esquecer.” Assim escreve Davide Sisto logo nas primeiras linhas de Fantasmas Digitais – Imortalidade, Memória e Luto na Era das Redes Sociais, agora editado em Portugal pela Zigurate, cinco anos depois de ter sido lançado no mercado livreiro italiano.

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