Russos deixam de dar “match” no Tinder. App está de saída do país

A aplicação de encontros deixa de estar disponível no país a 30 de Junho. Empresa justifica decisão com “vontade de defender os direitos humanos”.

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Tinder está de saída da Rússia Unsplash

A empresa Match Group, que controla e opera aplicações de encontros como o Tinder, anunciou, esta terça-feira, o encerramento de todas as operações na Rússia até ao final de Junho.

Numa publicação no relatório anual, com balanço do progresso da responsabilidade social e ambiental do grupo, a empresa informa que vai abandonar as actividades na Rússia até 30 de Junho, justificando a decisão com a "vontade de defender os direitos humanos".

"As nossas marcas estão a estabelecer as condições para restringir o acesso aos nossos serviços na Rússia e terão efectivada a retirada do mercado russo até 30 de Junho", lê-se no relatório.

A decisão de saída do país acontece mais de um ano depois da invasão da Ucrânia e num momento em que o Governo de Vladimir Putin endurece a legislação que regula o sector de tecnologia face à crescente repressão política. O grupo, especializado em serviços de encontros, é ainda proprietário do Hinge, Meetic e match.com.

Desde o início da agressão à Ucrânia, em Fevereiro de 2022, foram várias as empresas de tecnologia e restauração que anunciaram a saída do país Governado por Vladimir Putin. Entre está o McDonald's, o Spotify, a Netflix e a Bumble, principal rival do Tinder, que, de acordo com a BBC, deixou de estar disponível na Rússia e Bielorrússia em Março de 2022.

Em Setembro, a Europol alertou para o facto de as aplicações de encontros serem as plataformas mais usadas para "desviar" pessoas para tráfico humano, sublinhando a importância de proteger os refugiados ucranianos.

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