Kiev: dois dias, uma noite

Ao invés do que alguns relatam, o moral é elevado. Há revolta e ressentimento, mas não há desistência. Há dignidade, há decência, há sentido do dever.

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Mural de Banksy pintado numa construção em ruínas de Borodyanka: qual David contra Golias, uma criança derruba um mestre de judo (modalidade praticada por Putin) DR

1. A viagem para Kiev é longa e penosa, cerca de 20 horas de comboio. A chegada à estação principal mostra-nos uma cidade em modo de aparente normalidade. Há engarrafamentos às horas de ponta, há gente nas ruas, há cafés, supermercados, restaurantes e hotéis a funcionar. Na última semana, já não houve apagões nem falhas de energia. Mas há também postos de controlo militar com barreiras de cimento e de sacos de areia. Nos peitoris das janelas e nos umbrais das portas, bem como no interior dos edifícios públicos, há pilhas de sacos para reduzir os impactos das explosões. E há os alertas recorrentes do telemóvel a ordenar a recolha aos abrigos até nova ordem.

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