Caminhada de 11 minutos por dia reduz o risco de morte prematura de AVC e cancro

Estudo da Universidade de Cambridge recomenda 75 minutos semanais de actividade física. Risco de morte prematura por doenças cardiovasculares e cancro reduzido.

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Exercício físico de 75 minutos por semana são suficientes para reduzir o risco de doenças cardiovasculares e cancro Paulo Pimenta

Uma caminhada diária em passo acelerado de apenas 11 minutos é suficiente para reduzir o risco de morte prematura, revela o estudo divulgado esta terça-feira por investigadores da universidade britânica de Cambridge.

O estudo, publicado no British Journal of Sports Medicine, argumenta que uma em cada dez mortes precoces poderia ser evitada se todos conseguissem, pelo menos, metade da actividade física recomendada: 11 minutos por dia, 75 minutos por semana, de actividade física moderada a intensa, como uma caminhada rápida. Este plano é suficiente para reduzir o risco de doença cardíaca coronária, acidente vascular cerebral (AVC) ou vários tipos de cancro.

O sistema público de saúde britânico recomenda que os adultos façam, pelo menos, 150 minutos de actividade de intensidade moderada ou 75 minutos de actividade de intensidade elevada por semana. Para o investigador Soren Brage, um dos autores do estudo, a meta é alcançada pelo "intensificar gradual até à quantidade recomendada". Por outro lado, o investigador James Woodcock garante "que existem benefícios substanciais para a saúde mesmo que sejam apenas 10 minutos por dia" de exercício físico.

Com 75 minutos semanais de actividade de intensidade moderada, o risco de sofrer morte prematura foi reduzido em 23%. Os mesmos 75 minutos por semana de actividade moderada são suficientes para reduzir o risco de doenças cardiovasculares em 17% e cancro em 7%, de acordo com o estudo.

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo, responsáveis por 17,9 milhões de óbitos em 2019, enquanto os cancros causaram a morte de 9,6 milhões de mortes em 2017, sublinham os investigadores.

Para explorar a quantidade de actividade necessária para prevenir doenças crónicas ou de morte prematura, os investigadores da Universidade de Cambridge avaliaram 196 artigos, abrangendo mais de 30 milhões de participantes de 94 grandes estudos.

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