Cinema de animação português premiado em Bruxelas

Nayola, de José Miguel Ribeiro, venceu o prémio de melhor longa-metragem; Ice Merchants, de João Gonzalez, o prémio do público.

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O filme de João Gonzalez continua a acumular prémios, à espera dos Óscares Manuel Roberto

Os filmes portugueses Nayola e Ice Merchants e a co-produção portuguesa com vários outros países europeus Interdito a Cães e Italianos foram premiados no Festival Internacional de Cinema de Animação - Anima, que terminou no domingo em Bruxelas.

De acordo com a lista de premiados divulgada pelo festival, Nayola, de José Miguel Ribeiro, venceu o prémio de melhor longa-metragem entre os filmes da selecção oficial. Esta é a primeira longa-metragem de animação de José Miguel Ribeiro, com argumento de Virgílio Almeida, a partir de uma peça de teatro de José Eduardo Agualusa e Mia Couto, e cuja narrativa se situa em Angola, entre o final da guerra civil e os primeiros anos de paz.

Nayola foi o filme de abertura do Anima, no passado dia 17, e chega aos cinemas portugueses a 13 de Abril.

O filme Ice Merchants, de João Gonzalez, teve uma dupla premiação no fim-de-semana, uma vez que, além de ter ganhado o prémio norte-americano Annie de melhor curta-metragem, recebeu em Bruxelas o prémio do público na mesma categoria. Ice Merchants, que é candidato aos Óscares, está actualmente em exibição nos cinemas.

O público do festival Anima também atribuiu um prémio de melhor longa-metragem de animação a Interdito a Cães e Italianos, filme do realizador francês Alain Ughetto, com co-produção portuguesa pela Ocidental Filmes. É um filme sobre emigração italiana no início do século XX, mas é também sobre memória e laços familiares, seguindo os passos de Luigi Ughetto, avô do realizador.

Interdito a Cães e Italianos resulta de um trabalho de co-produção entre nove produtoras de França, Itália, Suíça, Bélgica e Portugal.

No Anima, também foram exibidos os filmes Garrano, de David Doutel e Vasco Sá; O Homem do Lixo, de Laura Gonçalves; Slow Light, de Katarzyna Kijek e Przemyslaw Adamski; e L'ombre des papillons, de Sofia El Khyari, ambos co-produzidos por Portugal.

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