Andrea Incontri: “A moda é mesmo para todos, não só para algumas pessoas”

O director criativo da Benetton tem sublinhado a importância de marcas democráticas para levar a moda “às massas”, valorizando o legado da colorida etiqueta italiana.

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Andrea Incontri é italiano e nasceu em 1971 Benetton Group
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Colecção Outono/Inverno 2023 da Benetton Benetton Group
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Colecção Outono/Inverno 2023 da Benetton Benetton Group
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Colecção Outono/Inverno 2023 da Benetton Benetton Group
,Desfile de moda
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Colecção Outono/Inverno 2023 da Benetton Benetton Group
Desfile de moda
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Colecção Outono/Inverno 2023 da Benetton Benetton Group
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Colecção Outono/Inverno 2023 da Benetton Benetton Group
,Semana de Moda de Paris
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Colecção Outono/Inverno 2023 da Benetton Benetton Group
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Colecção Outono/Inverno 2023 da Benetton Benetton Group
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Colecção Outono/Inverno 2023 da Benetton Benetton Group

O criador italiano Andrea Incontri está há menos de um ano aos comandos da histórica United Colors of Benetton, fundada em 1965 por Luciano Benetton, em Treviso, Itália. A etiqueta levou a moda democrática à Semana da Moda de Milão com uma colecção colorida, intitulada Infinity, que reflectiu as diferentes gerações que a marca tem acompanhado em quase seis décadas. Antes de os modelos pisaram a passerelle, o PÚBLICO falou com o director criativo.

É importante ter marcas democráticas como a Benetton nas semanas de moda, como forma de mostrar que estas não são só para as elites?
É bom e muito importante, porque a moda é mesmo para todos, não só para algumas pessoas. Não acredito em divisões, entre classes altas e baixas. Por isso, é tão importante este projecto, para partilharmos as nossas ideias com o maior número de pessoas. Na colecção faço a amplificação do que é a marca num projecto 360º, que quer falar com diferentes gerações e ser, claro, democrático. É por isso que falo do infinito.

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Benetton Group
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O que mudou na moda nos últimos anos? O desfile continua a ter importância? O que faz a roupa vender?
O sistema da moda é importante para passar uma mensagem, é uma grande responsabilidade. Para nós, o desfile é muito bom, uma oportunidade para nos apresentarmos ao mercado. É o primeiro e último momento do sistema. Queremos passar uma boa mensagem, com um produto bom. Trabalhamos para um mercado em cinco continentes, temos de ir ao encontro das necessidades das massas.

Um desfile é importante para mim enquanto designer. Não gosto de passar mensagens falsas, que não são coerentes: quando há uma diferença entre a peça que vemos e a mensagem que é passada. Acredito em poucas mensagens, mas boas. É a expressão dos valores da marca. Há muita responsabilidade na Benetton. Tento um equilíbrio entre a responsabilidade e a mensagem, num enquadramento mais amplo.

Sente o peso do legado e da história da Benetton?
Sou muito sortudo, porque cresci com a Benetton. Conheço esta marca e tenho uma afeição a este projecto. É uma marca repleta de significado e com uma história para continuar – sou um contador de histórias​​. A Benetton é um símbolo da industrialização. A produção em série permite fazer a moda mais democrática. É por isso que tento fazer as minhas peças acessíveis para uma audiência alargada. Há dois aspectos importantíssimos nesse trabalho: os materiais e a vestibilidade. São as coordenadas essenciais.

A cor é também fundamental para a Benetton enquanto marca. Na cor há a empatia que é típica de uma marca como a nossa, os valores sociais que têm sido expressos. A cor significa sentimento, alegria, pertença. As cores são vida, são sonhos.


O PÚBLICO esteve em Milão a convite da United Colors of Benetton

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