Dez desalojados do incêndio em Lisboa estão ao cuidado da Santa Casa

Das 21 pessoas desalojadas, dez estão em alojamento de emergência da Santa Casa da Misericórdia e os restantes alojados por meios próprios.

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O incêndio provocou duas vítimas mortais Nuno Ferreira Santos

O incêndio que deflagrou este sábado num prédio em Lisboa deixou 21 pessoas desalojadas, estando dez em alojamento de emergência da Santa Casa da Misericórdia e os restantes alojados por meios próprios, disse hoje à Lusa a Protecção Civil Municipal.

A informação foi dada pela directora do Serviço Municipal de Protecção Civil (SMPC), Margarida Castro, segundo a qual, citando o Regimento de Sapadores Bombeiros, o incêndio, que provocou duas mortes e 14 feridos, teve origem na cozinha do rés-do-chão do edifício atingido.

Em relação aos desalojados, o SMPC referiu que estão a ser feitos contactos entre a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e o Alto Comissariado para as Migrações para o seu seguimento.

Até agora sabe-se, disse também Margarida Castro, que dos 14 feridos um é de nacionalidade portuguesa, um homem de 74 anos, residente no edifício contíguo e que apresentava dificuldades respiratórias.

Os feridos que foram transportados para os Hospitais de S. José e de Santa Maria já todos tiveram alta, o mesmo acontecendo com as duas crianças que foram transportadas para o Hospital Dona Estefânia. As duas vítimas mortais foram um menor de 14 anos, de nacionalidade indiana, e um homem de cerca de 30 anos, de nacionalidade não apurada mas oriundo do sul da Ásia, disse também a responsável.

Segundo Margarida Castro, ainda está a ser apurado o número de pessoas que vivia no edifício, em particular no rés-do-chão, a única área do prédio que ardeu. O trabalho não é fácil "porque os residentes conhecidos não conseguiram informar quantas pessoas residiam no edifício", afirmou. A informação disponível, disse a responsável, indica que residiam no edifício dois belgas, dois argentinos, um português e 10 indianos.

Quanto aos restantes seis, as autoridades ainda não têm a certeza, mas deverão ser também da Península do Industão, região asiática que compreende países como a Índia, Paquistão, Bangladesh e Nepal.

Segundo o SMPC, o edifício ficou entregue às autoridades policiais até à vistoria, que será feita na segunda-feira pelos serviços da Câmara Municipal de Lisboa.

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