A luta contra o transfake é política, não é arte

As pessoas trans são, têm de ser, iguais em direitos. Até no que lhes permite representar qualquer papel no teatro. A justeza política da sua causa não pode é servir para se reinventar a arte.

Faz parte da longa linha da História: na quase generalidade dos casos, as comunidades minoritárias e ostracizadas só conseguiram afirmar a sua identidade ou reclamar os seus direitos recorrendo a acções subversivas, radicais e muitas vezes violentas. Não há por isso razões para espanto pela interrupção da peça Tudo sobre a Minha Mãe pela activista trans Keyla Brasil, na última semana. Sobram, sim, as razões para discutirmos a natureza do seu protesto e saber se em causa esteve um gesto para ser lido à luz da arte ou da política.

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