Microsoft junta-se a onda de despedimentos nas tecnológicas

Empresa anunciou que irá eliminar cerca de 10.000 postos de trabalho até Março para fazer face ao impacto que o risco de recessão está a ter nos consumidores.

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A Microsoft justifica a decisão com perdas relacionadas com mudanças de comportamento dos consumidores no período pós-pandemia Reuters/Mike Segar

A Microsoft anunciou esta quarta-feira que irá eliminar durante os próximos meses cerca de 10 mil postos de trabalho na empresa, naquele que constitui o mais recente desenvolvimento na onda de despedimentos que tem vindo a registar recentemente nas grandes empresas tecnológicas internacionais.

É em preparação para a possibilidade de uma recessão e perante os sinais de perdas em algumas das principais frentes dos seus negócios, explica a própria empresa, que a Microsoft decidiu pôr em prática, até ao final de Março, um corte de 10.000 funcionários na sua força de trabalho, cerca de 5% do total dos trabalhadores.

Numa nota enviada aos trabalhadores da empresa, o presidente executivo da Microsoft, Satya Nadella, disse que os trabalhadores começarão a ser notificados já esta quarta-feira e que o processo de despedimento de grande dimensão deverá estar concluído até ao final de Março.

A empresa justifica a decisão com perdas relacionadas com mudanças de comportamento dos consumidores no período pós-pandemia, temendo que estes comecem também a “ser mais prudentes, já que algumas partes do mundo estão em recessão e outras estão a antecipá-la”.

No ano passado, a Microsoft também procedeu a reduções de pessoal, mas de dimensão muito mais reduzida.

Várias outras empresas do sector tecnológico têm vindo, desde Novembro, a anunciar despedimentos. No início deste mês, a Amazon anunciou que irá realizar, também no decorrer do primeiro trimestre deste ano, à extinção de 18 mil postos de trabalho, depois de em Novembro passado ter avançado para o despedimento de 10 mil trabalhadores.

Meta, HP, Cisco e Twitter (que viu o seu novo dono Elon Musk anunciar logo à sua chegada um despedimento massivo) foram outras das grandes empresas tecnológicas internacionais a adoptar o mesmo tipo de estratégia de redução de custos.

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