Relatório confirma dois casos de más práticas médicas no Amadora-Sintra
Médicos que denunciaram más práticas médicas afirmam que 22 utentes “morreram ou ficaram mutilados”.
Quatro dias após as denúncias de alegadas más práticas no serviço de Cirurgia do hospital Amadora-Sintra, confirma-se que pelo menos um utente morreu e outro ficou sem parte do fígado por erro médico, de acordo com informações avançadas pela RTP.
Os dois médicos que denunciaram estes casos ao Amadora-Sintra e à Ordem dos Médicos afirmam que, no total, 22 utentes "morreram ou ficaram mutilados" por erros dos profissionais de Cirurgia Geral. A notícia foi divulgada pelo jornal Expresso na passada sexta-feira.
A RTP teve acesso ao relatório, que diz estar praticamente concluído e que deverá ser conhecido nos próximos dias. A estação de televisão acrescenta que foram reportados 18 casos (e não 22) e que destes, apenas sete foram investigados — os restantes 11 foram afastados pelo facto de os doentes terem sido intervencionados noutro hospital ou por se tratar de doentes em fase terminal.
Na sexta-feira passada a directora clínica do Hospital Amadora-Sintra, Ana Valverde, garantia que as averiguações seriam "levadas às últimas consequências" e que "se houve erro, não será ignorado". A Ordem dos Médicos nomeou um perito do Colégio da Especialidade para conduzir a investigação.