Frio e neve em Portugal. O que recomenda a Protecção Civil para se manter em segurança

Autoridade pede atenção para os grupos mais vulneráveis, recomenda a ingestão de sopas e bebidas quentes e deixa alertas sobre o aquecimento das casas com equipamentos de combustão.

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Está prevista uma descida significativa da temperatura a partir deste domingo Paulo Pimenta

A chegada de uma massa de ar polar vai provocar uma descida significativa das temperaturas em Portugal, e as previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) apontam para a queda de neve nos próximos dias em pelo menos nove distritos do centro e Norte de Portugal. Face a este cenário, a Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC) pediu à população para adoptar medidas preventivas.

A utilização de várias camadas de roupa, "folgada e adaptada à temperatura ambiente", e evitar a exposição prolongada ao frio e às mudanças bruscas de temperatura" são os primeiros comportamentos individuais recomendados pela ANEPC.

A autoridade aconselha também a protecção das extremidades do corpo com luvas, gorro ou cachecol e a utilização de calçado quente e antiderrapante. E sugere a ingestão de sopas e bebidas quentes, evitando-se bebidas com álcool, que proporcionam "uma falsa sensação de calor". Idosos, crianças, pessoas com patologias crónicas e sem-abrigo necessitam de atenção, tratando-se dos grupos de pessoas "mais vulneráveis" ao frio.

Em termos de cuidados a ter no aquecimento de espaços, a Protecção Civil pede "especial atenção" a aquecimentos com combustão (como braseiras e lareiras), que podem causar intoxicação, potencialmente mortal, devido à acumulação de monóxido de carbono.

Importa "assegurar uma adequada ventilação das habitações quando não for possível evitar o uso de braseiras e lareiras", e deve ainda ser evitada a sobrecarga de tomadas e extensões eléctricas. Antes de ir dormir, os equipamentos devem ser desligados para prevenir incêndios e intoxicações por acumulação de dióxido de carbono.

Para os trabalhadores que exercem actividade no exterior, a ANEPC alerta para a necessidade de ser usado "vestuário e calçado adequados". Estes trabalhadores devem abster-se de realizar "esforços excessivos".

Também no exterior, os automobilistas devem adoptar uma condução defensiva, tendo atenção ao "piso escorregadio ou a possível formação de lençóis de água e gelo", bem como à queda de neve nas vias. Quem circula nessas áreas deve contemplar a utilização de correntes de neve nas viaturas.

A Protecção Civil chama ainda a atenção para o risco de danos em estruturas montadas ou suspensas e para a possibilidade de queda de ramos ou árvores – o IPMA também prevê a ocorrência de vento forte, com rajadas até 100km/h em alguns pontos do país.

É também aconselhada a "desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais", para garantir que a água da chuva escoa.

A autoridade também desencoraja a prática de actividades relacionadas com o mar, como pesca desportiva, desportos náuticos ou até passeios à beira-mar. A possibilidade de acidentes na orla costeira torna também arriscado o estacionamento de automóveis nestas zonas, assim como em zonas ribeirinhas. É de evitar "a circulação e permanência nestes locais".

A partir desde domingo, o IPMA prevê uma descida significativa da temperatura e uma intensificação do vento, com maior incidência nas terras altas. Está também prevista precipitação persistente, "por vezes forte", no Minho e Douro Litoral, na segunda-feira, e a queda de neve nas terras altas (e até em zonas de altitude média, a partir de terça-feira), acompanhadas de um aumento gradual da agitação marítima. Também deve existir formação de gelo e geada a partir de terça-feira, em especial no interior do país.

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