Cinema português: haja esperança

Muitos tem falado da morte do cinema português. São notícias manifestamente exageradas. Prova disso é a paradoxal avalanche de produção dos últimos meses.

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Mal Viver e Viver Mal, o díptico de João Canijo

Comecemos por uma constatação: o cinema e o mercado audiovisual português estão em rápida transformação. Múltiplos factores têm contribuído para que esta transformação tenha ocorrido: uma alteração dramática das práticas de consumo do cinema; a inclusão dos operadores de streaming no ecossistema de financiamento e produção audiovisual; uma diversificação sem precedentes das capacidades de coprodução e financiamentos alternativos; e uma renovação forte dos quadros criativos e técnicos em Portugal. É claro que estas mudanças não foram apenas sentidas no ano que agora terminou, nem são apenas sentidas em Portugal. Ponto fundamental para o “estado das coisas” é a pandemia, com os seus impactos no consumo, mas também na vertigem de aceleração que sucedeu o “fim” dos confinamentos. Queremos neste curto texto dar conta das repercussões deste panorama, sobretudo sentindo as pulsações vibrantes e os batimentos cardíacos deste ecossistema, cuja característica primordial é a sua eterna fragilidade.

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