Apoiantes de Bolsonaro invadem área do Congresso em Brasília

O confronto começou quando centenas de pessoas vindas do Quartel-General do Exército chegaram à Esplanada e se concentraram em frente ao Ministério da Justiça.

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Manifestantes bolsonaristas com pedidos antidemocráticos entraram na Esplanada dos Ministérios, em Brasília Reuters/ADRIANO MACHADO
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Manifestantes bolsonaristas com pedidos antidemocráticos entraram na Esplanada dos Ministérios, em Brasília Reuters/ADRIANO MACHADO

Manifestantes bolsonaristas com pedidos antidemocráticos entraram na Esplanada dos Ministérios na tarde deste domingo e invadiram uma área do Congresso Nacional. Pouco antes das 15h (18h em Portugal continental), a Polícia Militar lançou gás lacrimogéneo para tentar travar o avanço dos manifestantes.

O confronto começou quando um grupo de centenas de pessoas, vindas do Quartel-General do Exército, chegou à Esplanada e se concentrou em frente ao Ministério da Justiça e uma parte invadiu a parte superior e a área interna do Congresso.

Após a invasão, os manifestantes avançaram para a Praça dos Três Poderes, onde houve confrontos. Em reacção às granadas de gás lacrimogéneo lançadas pela polícia, os manifestantes soltaram fogos-de-artifício, atiraram grades de ferro e outros objectos contra os polícias, que acabaram com viaturas danificadas.

Parte do grupo dirigiu-se ao Palácio do Planalto, onde entrou numa parte do complexo e perduraram bandeira do Brasil numa janela.

Em seguida, dirigiram-se ao Supremo Tribunal Federal, onde alcançaram uma área de segurança.

O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva não está em Brasília este fim-de-semana, depois de ter viajado para o estado de São Paulo, para acompanhar as vítimas das chuvas em Araraquara, no interior paulista.

O Governo Lula da Silva prometeu desmobilizar os acampamentos montados por apoiantes do ex-Presidente Jair Bolsonaro em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília. Na última quarta-feira, o ministro da Justiça, Flávio Dino, garantiu que "até sexta-feira", 6 de Janeiro, as mobilizações antidemocráticas seriam resolvidas.

"A condução que eu tenho com o [José] Múcio [ministro da Defesa] é de que estará resolvido até sexta", disse.

No entanto, o que se viu foi o oposto. Além de não ter conseguido expulsar os manifestantes, o governo teve que accionar a Força Nacional para reforçar a segurança da Esplanada dos Ministérios.

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