Ajudas à Ucrânia superaram os 30 mil milhões de euros em 2022

Governo ucraniano afirma que os EUA foram os maiores contribuintes (40%), seguidos da União Europeia (25%). Auxílio é equivalente a 16% do PIB da Ucrânia que caiu 30% por causa da guerra.

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O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, diz que os Bradley enviados pelos EUA são mesmo o que as suas forças estavam a precisar REUTERS/Ints Kalnins

O Governo ucraniano anunciou este sábado que recebeu em 2022, entre contribuições internacionais em ajudas e empréstimos, mais de 30 mil milhões de euros. Cerca de 40% desses fundos foram provenientes dos Estados Unidos, pouco menos de 25% da União Europeia (UE) e 8% do Fundo Monetário Internacional (FMI), segundo dados do Banco Nacional da Ucrânia.

Essas ajudas e empréstimos, que não incluem o auxílio em material de guerra, correspondem a cerca de 16% do Produto Interno Bruto (PIB) da Ucrânia antes da invasão russa, a 24 de Fevereiro. Em 2022, por causa da guerra, o PIB ucraniano caiu mais de 30%, de acordo com estimativas do Ministério da Economia ucraniano.

Entretanto, os Estados Unidos anunciaram esta sexta-feira um novo pacote de ajuda militar no valor de 3,8 mil milhões de dólares (3,6 mil milhões de euros), no que será o 29.º desde o início do conflito, diz a CNBC, elevando para 24,9 mil milhões de dólares (23,6 mil milhões de euros) o total da auxílio bélico ao esforço de militar ucraniano para travar as forças russas no seu território.

O novo pacote traz uma novidade, inclui 50 veículos de combate de infantaria Bradley.

Na sexta-feira, no seu habitual discurso nocturno, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, mostrou-se satisfeito com o que apelidou de "pacote muito poderoso" de ajuda. "Pela primeira vez, vamos receber veículos blindados Bradley – isto é exactamente o que precisamos. Novas armas e munições, incluindo de alta precisão, novos rockets, novos drones. É forte e oportuno."

A Rússia ocupa cerca de 18% do território da Ucrânia: a península da Crimeia – anexada por Moscovo em 2014 – e grande parte das regiões ucranianas de Donetsk e Lugansk.

A ofensiva militar lançada a 24 de Fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas – 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,9 milhões para países europeus –, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

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