O regime do Irão não anunciou o fim da “polícia da moralidade”, mas isso foi notícia

Procurador admite revisão das leis do hijab — activistas falam em propaganda destinada a travar vaga de protesto e recusam “parabéns”. Eventual abertura será vista como sinal de fraqueza.

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Pessoas fotografam folhas onde estão escritos nomes de manifestantes mortos ao lado da imagem de Amini, em Frankfurt, na Alemanha TILMAN BLASSHOFER/Reuters

No Irão, a imposição do uso do hijab – o chamado “lenço islâmico” que deve cobrir os cabelos das mulheres – é muito anterior à criação da “polícia da moralidade”, e mesmo o fim das “patrulhas de orientação”, noticiado neste domingo depois de declarações vagas do procurador-geral, Mohammad Jafar Montazeri, não convenceria os activistas. Aliás, ainda que o hijab deixasse de ser obrigatório, possibilidade que, segundo Montazeri, estará a ser contemplada, para os iranianos e as iranianas que hoje combatem a República Islâmica o “regime não é reformável”, diz Tina Sabounati, uma das activistas dos direitos humanos que dirigem o movimento de protesto em Portugal.

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