Países Baixos nos quartos-de-final à custa dos EUA

Norte-americanos assumiram o jogo de forma corajosa, mas encontraram uma “laranja” vitaminada em dia de inspiração de Denzel Dumfries.

Memphis Depay marcou o primeiro golo dos "oitavos"
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Memphis Depay marcou o primeiro golo dos "oitavos" Reuters/LEE SMITH
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Reuters/DYLAN MARTINEZ

A selecção dos Países Baixos assegurou, este sábado, ao vencer por 3-1, a congénere dos Estados Unidos da América, a primeira vaga dos quartos-de-final do Campeonato do Mundo do Qatar 2022, aguardando pelo duelo da noite, entre Argentina e Austrália, para conhecer o adversário da próxima sexta-feira.

Os Estados Unidos assumiram o jogo, estiveram na iminência de marcar no segundo minuto, por Pulisic, dominaram em termos de posse de bola, o que lhes deu uma falsa sensação de superioridade incompatível com o “policiamento” exigido pelos neerlandeses.

Assim, não surpreende que no primeiro remate da equipa de Van Gaal, Memphis Depay (10') tenha surgido livre de marcação, com tempo e espaço para bater Turner, estabilizar e implementar o tipo de jogo que mais lhe interessava.

Os Estados Unidos poderiam ter rectificado, mas faltou a eficácia evidenciada pelo adversário, pelo que o encontro caminhou até ao intervalo com a selecção dos Países Baixos a controlar o apetite americano, na expectativa de nova brecha... que surgiu na sequência de um lançamento lateral.

Depois da assistência no primeiro golo, Denzel Dumfries colocou a bola em zona frontal, onde surgiu Daley Blind (45+1') para adocicar a “laranja”, que logo a seguir recolheu aos balneários com uma confortável margem de manobra para gerir e consumar a aproximação à final.

Aos “states” apresentava-se um desafio de alto risco, a exigir a coragem já demonstrada na primeira parte e um extra de ousadia para criar a dúvida no adversário. Um golo logo após o reatamento era fundamental para dar sentido à estratégia de Berhalter.

Porém, a eficácia continuava a minar a ambição americana, com McKennie e Ream a ameaçarem bater Noppert em lance salvo por Gakpo. Por seu lado, numa versão bem mais promissora quando comparada com a apresentada na fase de grupos, a equipa de Van Gaal calculava todos os movimentos, sem abdicar de procurar o golo que levaria o adversário ao tapete.

Depay esteve perto de bisar em três ocasiões claríssimas de golo, todas anuladas por Turner, que fechou a baliza dos EUA, mantendo a chama acesa até à fase do tudo ou nada, quando Haji Wright (76') reduziu a desvantagem num autêntico passe de mágica.

Wright marcava da forma menos ortodoxa já vista neste Mundial, um minuto depois de ter falhado de forma inacreditável um golo evitado por Dumfries sobre a linha final. O golo dos EUA nasceu da iniciativa de Pulisic, que cruzou para Wright tentar um desvio que saiu com um efeito estranhíssimo, resultando num chapéu impossível de anular.

Mas este primeiro duelo dos “oitavos” tinha um nome sublinhado a ouro e Denzel Dumfries, depois de duas assistências e de um golo salvo em cima da linha, repôs a vantagem de forma fulminante, acabando com as renascidas esperanças norte-americanas.

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