Alemanha bate a Costa Rica mas está fora do Mundial 2022

Mannschaft” cai pela segunda vez (consecutiva) na fase de grupos de um Mundial. “Ticos” estiveram perto de mandar a Espanha para casa.

Alemanha marca depois de Keylor Navas ter adiado o golo por 10 minutos
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Alemanha marca depois de Keylor Navas ter adiado o golo por 10 minutos Reuters/KAI PFAFFENBACH
Stéphanie Frappart foi a primeira árbitra a dirigir um jogo num Mundial
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Stéphanie Frappart foi a primeira árbitra a dirigir um jogo num Mundial Reuters/MATTHEW CHILDS

Acabou em Al-Khor a aventura de Alemanha e Costa Rica, eliminadas na fase de grupos do Mundial do Qatar 2022, depois de uma vitória (2-4) da “Mannschaft” - a única que conseguiu no Grupo E - frente à selecção que sofreu a maior goleada da competição.

A Costa Rica sofreu, deu a volta, esteve com um pé nos “oitavos”, mas não resistiu à entrada demolidora de Kai Havertz, “carrasco” dos “Ticos”, com um bis que serviu para limpar um pouco a imagem da selecção alemã, que mais uma vez sai abalada depois do Rússia 2018.

Os alemães ainda chegaram ao quarto golo, por Füllkrug (depois de Gnabry ter inaugurado o marcador), ficando à espera de uma ajuda da Espanha, que perdeu com o Japão, condenando os germânicos.

Sem tempo a perder, a Alemanha usou o rolo compressor, não dando outra opção à Costa Rica que não fosse defender-se com todas as forças para evitar uma entrada comprometedora, até por um ponto poderia ser suficiente para os centro-americanos seguirem em frente no Qatar 2022.

Com Kimmich à direita e Raum à esquerda, Hansi Flick - que preferiu a experiência de Thomas Müller ao momento de Niclas Füllkrug, autor do golo à Espanha - explorava todos os centímetros da largura de jogo da “Mannschft”, soltando o génio de Gnabry e Musiala para desmantelar o bloco da Costa Rica.

Navas, que esteve à altura nas primeiras intervenções, mas acabou por ser impotente perante a triangulação que Gnabry concluiu de cabeça a cruzamento de Raum.

Aos 10 minutos, a Alemanha saltava do último lugar do grupo para uma posição de apuramento, já que sensivelmente na mesma altura a Espanha marcava frente ao Japão. Com a Costa Rica acantonada na defesa, os quatro vezes campeões do mundo carregavam em busca dos golos de que necessitavam para a eventualidade de terem de recorrer a um desempate com os japoneses (cenário que ganharia força na segunda parte).

Mas, apesar dos esforços alemães, da pressão asfixiante e das tentativas de Gnabry aumentar a vantagem, o perigo de ser eliminado pela segunda vez consecutiva numa fase de grupos - depois do último lugar no Grupo F do Rússia 2018 - espreitava em cada tentativa da Costa Rica tornar o ar menos rarefeito.

O desastre esteve, de resto, iminente a um par de minutos de as equipas recolherem aos balneários, com Fuller a aproveitar uma má decisão de Raum e uma hesitação de Rüdiger para desafiar Neuer a mostrar-se no dia em que superou o recorde de presenças (19) em fases finais de Campeonatos do Mundo, ultrapassando o compatriota Sepp Maier e o brasileiro Claudio Taffarel.

Tejeda acciona tic-tac

Neuer evitou o pior, mas o aviso estava dado. E o golo dos “Ticos”, por Tejeda (58') marcava a hora da reviravolta a que o mundo inteiro assistiria a 20 minutos dos 90, num toque do estreante Juan Pablo Vargas. A Alemanha estava em perigo, mas o grupo da morte anunciava ainda a queda iminente de outro campeão do Mundo, já que a Costa Rica tirava, momentaneamente, a Espanha (que perdia frente ao Japão) dos oitavos-de-final.

Momentaneamente porque Kai Havertz, acabado de entrar, estragou a festa aos costa-riquenhos, que durou escassos três minutos. Havertz tirava a Espanha de apuros, mas precisava ainda salvar a “Mannschaft” da humilhação de sair do Qatar sem vencer um único jogo. O alemão bisava (85') e Füllkrug fechava as contas (89'), deixando a Alemanha empatada com a Espanha, com 4 pontos, mas sem possibilidades de anular a diferença de golos.

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