Até domingo, há 31 exibições de circo contemporâneo para ver em Ílhavo

Festival Leme arranca esta quarta-feira e contempla 16 espectáculos diferentes. A criação apoiada desta edição é dos Team Braga, que também estiveram a trabalhar com o público escolar.

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Equipa trabalho com alunos da Escola Básica 2.3 da Gafanha da Encarnação João Garcia Neto

Além de ter sido desafiado a criar um espectáculo que cruzasse as técnicas de parkour e se enquadrasse na linguagem de circo contemporâneo, o colectivo Team Braga assumiu também a responsabilidade de ensinar a técnica que o move aos alunos da Escola Básica 2,3 da Gafanha da Encarnação, no município de Ílhavo. Ambas as propostas surgem integradas no Leme, festival de circo contemporâneo, que arranca esta quarta-feira naquele concelho, juntando 16 companhias de vários países. Até domingo, estão garantidas 31 exibições de 16 espectáculos - incluindo uma estreia internacional, seis estreias nacionais e uma antestreia - em vários locais do município, mais concretamente em Ílhavo, Gafanha da Nazaré, Gafanha da Encarnação, Vista Alegre e Costa Nova.

“Basicamente, estamos a passar os fundamentos do parkour às crianças e a dar-lhes a possibilidade de o experimentar com toda a segurança e conforto”, destacava André Alçada, dos Team Braga, durante a oficina realizada na terça-feira e que antecedeu a apresentação de “em (quadrados)”, produção criada de propósito para o festival ilhavense. “O nosso desafio foi produzirmos algo que fosse, acima de tudo, conceptual. Que o show fosse uma plataforma para dizermos a nossa mensagem, que é uma reflexão sobre a condição humana”, acrescenta André Alçada. As apresentações estão marcadas para as 21h30 de quinta-feira e de sábado e para as 15h00 de domingo (Agrupamento de Escolas da Gafanha da Encarnação).

Nesta que é a sua quarta edição, o Leme convoca o público e os seus participantes a pensar a inclusão e a acessibilidade, rejeitando a ideia de que o corpo é o limite. Entre os destaques da programação, constam “Fenómeno”, de Moon Ribas, a rave coreografada e comunitária de “Mirage (un jour de fête)”, da companhia francesa Dyptik, o grandioso espectáculo de acrobacia “Nuye”, da Circo Eia, “Stepping Stones”, de Evangelia Mosiou, e “Corpo Espectacular”, de Mariana Barros. Já a noite de abertura do Leme 2022 fica por conta de “Anda, Diana”, de Diana Niepce (apresentação marcada para as 21h30 desta quarta-feira, na Casa da Cultura de Ílhavo).

No que toca à formação, esta edição conta com três workshops e acolhe o DIVE, um evento imersivo de três dias (de quarta a sexta), em parceria com a Acesso Cultura e promovido pela Circostrada Network para reflectir, através de conversas e actividades experimentais, sobre esta edição, “corpos diversos”.

Organizado pelo 23 Milhas, projecto cultural da Câmara de Ílhavo, e pela Bússola, o Leme pretende ser cada vez mais um evento de referência na programação cultural do município. “O festival assumiu contornos de âmbito internacional que o tornam num momento de activação de público extraordinário. De repente, vemos o nosso município a ser povoado por estas 16 companhias de circo, provenientes de dez países diferentes”, faz questão de vincar Mariana Ramos, vereadora da Cultura da autarquia ilhavense.

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