Paulo Raimundo, uma escolha previsível

A reação à escolha do novo líder do PCP terá sido precipitada pelo desconhecimento do que significa, para o partido, ver-se como ferramenta da luta revolucionária contra a exploração capitalista.

A escolha de Paulo Raimundo pelo Comité Central do Partido Comunista Português para suceder a Jerónimo de Sousa como secretário-geral do partido gerou perplexidade e algumas críticas. Mesclar-se-ia nessa escolha surpresa, sujeito incógnito e mistificação. Surpresa, porque o nome do eleito não integrara uma lista restrita de quatro “nomes fortes” que em dezembro de 2021 o ainda líder do PCP destacara numa entrevista. Sujeito incógnito, porque, no espaço público, Paulo Raimundo nunca dera mais do que uns tímidos e anódinos sinais de vida (política). Mistificação, finalmente, porque, para efeitos de polir a imagem de Paulo Raimundo e, assim, engrandecê-lo, profissionalmente o funcionário partidário de longa data transmudara em operário.

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