Homossexualidade é um “distúrbio mental”, diz embaixador do Mundial

Salman, antigo futebolista e embaixador do Mundial de futebol Qatar 2022, afirmou que a “homossexualidade é haram [proibido]”.

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Protesto contra o tratamento dado à comunidade LGBT+ no Qatar, em frente ao Museu da FIFA em Zurique, na Suíça, esta terça-feira EPA/MICHAEL BUHOLZER

Um embaixador do Mundial de futebol Qatar 2022 classificou a homossexualidade como um “distúrbio mental” e referiu que todos os que se deslocaram para assistir ao vivo à competição “têm de aceitar as regras” do país.

“Muitas coisas vão acontecer aqui no país durante o Mundial. Vamos falar sobre gays. O mais importante é aceitar que todos venham, mas terão de aceitar as nossas regras”, disse Khalid Salman, numa entrevista à estação televisiva ZDF, que será hoje transmitida na íntegra.

Num trecho da entrevista, Salman, antigo futebolista, afirmou que “homossexualidade é haram [proibido]”, e, antes de ser interrompido por um assessor, acrescentou: “E haram porque é um distúrbio mental”.

Em 21 de Setembro, o emir do Qatar, o xeque Tamim bin Hamad al-Thani, prometeu, perante a Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, um Mundial sem discriminação, numa tentativa de tranquilizar a comunidade LGBT+.

Recentemente, o presidente da FIFA, Gianni Infantino, respondendo às preocupações sobre o respeito pelos direitos das mulheres e da comunidade LGBT+ durante a competição, reiterou que “todos serão bem-vindos, independentemente da sua origem, formação, religião, género, orientação sexual ou nacionalidade” e considerou que o torneio será “o melhor de sempre, dentro e fora do campo”.

O Qatar, país onde a homossexualidade é ilegal, recebe o Mundial de futebol, no qual participará a selecção portuguesa, entre 20 de Novembro e 18 de Dezembro.

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