Gulbenkian: um sonho musical surpreendente e um jardim extravagante

Fundação Gulbenkian foi palco de dois concertos de excepção, protagonizados por músicos de gerações diferentes: Ensemble Pygamlion e Il Giardino Armonico.

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Giovanni Antonini, flautista e director musical de Il Giardino Armonico. E barítono Stéphane Degout (Ensemble Pygamlion) e

Uma semana depois do animadíssimo dia de “Portas Abertas” (16 de Outubro), que assinalou os 60 anos da orquestra residente, com enorme afluência de público, a Fundação Gulbenkian foi palco de dois concertos de excepção, protagonizados por músicos de gerações diferentes e ilustrativos da variedade de caminhos ligados à corrente das “interpretações historicamente informadas”. No sábado, o Ensemble Pygamlion, criado em 2006, apresentou um programa fora do comum (Mein Traum/O meu sonho) pela forma como entrelaçou a música de Schubert, Schumann e Weber numa avassaladora viagem onírica. No domingo, Il Giardino Armonico, agrupamento de referência no âmbito do Barroco italiano fundado em 1985, demonstrou uma vez mais a sua eloquência, teatralidade e virtuosismo. Neste último caso, a palavra “excepção” não se aplica apenas ao nível artístico, mas também ao facto de a música antiga se ter tornado uma excepção nas programações da Gulbenkian. Este concerto nem sequer fazia parte da temporada, tendo sido incluído por iniciativa da Embaixada de Itália, que apoiou a participação de Il Giardino Armonico no encerramento do Festival Terras sem Sombra (dia 22, em Sines) e fez uma parceria com a Gulbenkian para uma segunda apresentação.

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