Um ano para abrir a novos viajantes o vasto e populoso país de palavras chamado Agustina

Assinalando o dia em que a romancista faria cem anos, as comemorações abrem este sábado com a inauguração de exposições em Amarante, onde nasceu, e no Museu de Serralves. Também no Porto, perto da casa onde viveu, está a ser criado por 13 artistas um mural de 120 metros inspirado nas suas ficções e personagens.

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Mural de 120 metros de comprimento está a ser pintado por 13 artistas, perto da casa onde Agustina viveu a maior parte da sua vida. tiago lopes

“Se há génio, é Agustina. Se há mistério literário, é Agustina”, disse a romancista Hélia Correia ao PÚBLICO quando a autora de A Sibila morreu, em Junho de 2019, aos 96 anos. Este sábado, Agustina Bessa-Luís chegaria aos cem e a sua obra imensa, tão torrencial e genial como a de Camilo Castelo Branco, mas mais inquietante, mais sibilina, de um humor mais desconcertante, e talvez por isso também menos lida no seu próprio tempo, persiste como um corpo estranho e inquietante na ficção portuguesa contemporânea, um mundo que exige empenho e persistência do viajante e afasta o turista ocasional, e que, descontadas algumas notáveis excepções, poucos críticos se têm aventurado a desbravar a fundo, ou sequer a percorrer de lés a lés.

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