Abusos na Igreja: 400 denúncias correspondem “no mínimo” a 1500 vítimas. Maioria dos casos ficará por conhecer

Comissão independente que estuda os abusos na Igreja tem vindo a alertar que as vítimas serão muitas mais do que as que denunciam os casos. O relatório final sobre estes abusos sexuais cometidos por membros do clero vai ser apresentado a 31 de Janeiro.

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Antes de a comissão independente começar o trabalho em Portugal já outros países tinham assistido a escândalos sexuais na Igreja PAULO PIMENTA

Um total de 424 testemunhos de abusos sexuais cometidos sobre menores por membros da Igreja Católica portuguesa foram validados, até esta terça-feira, pela Comissão Independente para o Estudo dos Abusos de Menores na Igreja (CIEAMI). Mas, como aquele grupo de trabalho já referiu em várias ocasiões, este número será apenas “a ponta do iceberg”, uma parte do todo que é capaz de denunciar os crimes. Por estes dias, as declarações do Presidente da República sobre o tema motivaram um coro de críticas, depois de Marcelo se referir às mais de 400 queixas como um número que não é “particularmente elevado face à provável triste realidade, quer em Portugal, quer pelo mundo”. Analisem-se os factos:

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