Há que dizê-lo: é uma grande vitória política de António Costa

Deixou a esquerda de castigo e virou-se para o centro, assinando um acordo de concertação social que pôs as confederações patronais a elogiá-lo em coro, declarando a absoluta necessidade de privatizar a TAP e apostando numa queda histórica da dívida pública.

Quem não gosta de António Costa, pensa em filmes de terror: quando achávamos que o homem da máscara estava morto, ele volta para aterrorizar as suas vítimas. Quem gosta de António Costa, lembra-se de filmes de guerra: quando o herói parecia definitivamente perdido, ele regressa para salvar o dia. Mas independentemente das escolhas político-cinematográficas de cada um, é impossível não reconhecer a resiliência de António Costa. Ele é aquilo a que os americanos chamam um “comeback kid” – alguém que repetidamente encontra a porta de saída dos labirintos políticos onde parece estar irremediavelmente perdido. Aconteceu mais uma vez este domingo, nas salas espelhadas do Palácio Foz, com o acordo de concertação social.

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