Igreja não revela quanto vai gastar com a Jornada Mundial da Juventude

Carlos Moedas reafirmou que a autarquia terá um encargo entre os 30 e 35 milhões de euros e confirmou acordo com o Governo que se compromete a pagar uma boa parte dos custos.

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A Jornada irá realizar-se junto à foz do rio Trancão Rui Gaudêncio

Já se sabia – e Carlos Moedas confirmou-o neste segunda-feira – que a realização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2023 vai custar à Câmara Municipal de Lisboa (CML) “entre 30 a 35 milhões de euros. Também se sabe que o Governo fechou um acordo com as autarquias para custear uma boa parte do evento terá lugar entre os dias 1 e 6 de Agosto, embora não tenha sido revelada uma verba exacta. O que ainda não se sabe é qual será o investimento da Igreja num evento que tem prevista a presença do Papa Francisco.

Durante uma visita de Carlos Moedas às instalações onde está a trabalhar o Comité Organizador Local da JMJ, os jornalistas questionaram de forma insistente o bispo Américo Aguiar, que preside à organização, sobre qual o investimento que cabe Igreja mas este recusou sempre avançar com um número.

O bispo justifica esta atitude com o facto de “o mundo viver numa incerteza”, não se sabendo com a economia vai evoluir. Garante, porém, ter três cenários para os custos necessários: um que prevê os custos “em baixa”; outro intermédio - “que seria o ideal, em que a guerra está resolvida, a inflação e os problemas económicos estão ultrapassados e a pandemia não regressa” –; e um em alta.

Uma coisa garante: “Só posso dizer que até hoje não houve nenhum interlocutor - seja do Governo ou das autarquias, seja das direcções gerais, dos ministérios ou de outra instituição qualquer - não houve ninguém que nos dê uma resposta negativa de desinteresse, de falta de empenho ou de falta de adesão ao projecto. Pelo contrário, todos os nossos interlocutores têm sido magníficos.”

E quem lhe garantiu apoio “a 300%” foi Carlos Moedas: “Temos um compromisso que faz com que todas as decisões que a Igreja tome, nós estaremos sempre ao lado da Igreja, ao lado das decisões que vão ser tomadas”. O presidente da câmara anunciou que já constituiu uma equipa para trabalhar directamente com a organização nas suas instalações.

Neste local, num edifício da antiga Manutenção Militar, no lisboeta bairro do Beato, há uma regra que é cumprida todos os dias sem excepção. Às 12h toca um pequeno sino e todos rezam o Angelus, que relembra aos católicos o momento da Anunciação feita pelo anjo Gabriel à Virgem Maria da concepção de Jesus Cristo. Nesta segunda-feira, a hora do Angelus teve a participação especial de Carlos Moedas, do vice-presidente da câmara Filipe, Anacoreta Correia, e da vereadora com o pelouro da juventude, Laurinda Alves.

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