Sondagem: Marcelo e Costa têm pior avaliação de sempre

Chefe de Estado e chefe do Governo receberam a pior avaliação por parte dos portugueses desde Julho de 2020, mostra a mais recente sondagem da Aximage. Popularidade do Governo baixou sobretudo entre as pessoas com mais de 65 anos.

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O PS venceu as eleições legislativas de Janeiro com maioria absoluta Nuno Ferreira Santos

O Presidente da República e o primeiro-ministro estão a ter um desempenho cada vez mais negativo, tendo registado em Setembro a pior avaliação de sempre, segundo uma sondagem da Aximage para o Diário de Notícias, o Jornal de Notícias e a TSF. O barómetro pinta também um cenário negativo para o PS, que parece estar a perder eleitorado face a Janeiro, em particular, os reformados.

O saldo de Costa baixou para os oito pontos negativos — 41% dos inquiridos consideram que tem uma actuação negativa —, a contagem mais baixa desde Julho de 2021, quando a Aximage começou a fazer esta medição. O mesmo se passa com o Presidente da República, que embora se mantenha como o político mais popular, apresenta agora a percentagem mais baixa de avaliações positivas (49%) e a mais alta de negativas (25%), uma tendência que se verifica desde Dezembro do ano passado.

O Governo soma também mais impressões negativas (48%) do que positivas (30%), um número semelhante, embora superior, ao da oposição, que tem 45% dos inquiridos a apontar para uma actuação negativa e 23% para uma actuação positiva. A sondagem mostra ainda que as figuras principais da oposição são Luís Montenegro, do PSD, e André Ventura, do Chega, para 30% dos entrevistados.

Com a excepção de Mariana Vieira da Silva, todos os ministros têm um saldo negativo, sendo que Fernando Medina se encontra no fim da lista com a pior avaliação.

O primeiro-ministro está a perder popularidade entre as pessoas com mais de 65 anos, faixa etária em que até aqui António Costa alcançava melhores resultados, o que indicia que o PS pode estar a perder um eleitorado chave (nomeadamente, os reformados) para a conquista da maioria absoluta nas eleições legislativas de 30 de Janeiro.

Uma outra sondagem conhecida esta quinta-feira, do ICS/ISCTE para o Expresso/SIC ajuda a explicar tais resultados. A maioria dos inquiridos que votou no PS nas legislativas de Janeiro considera as medidas de apoio às famílias para combater os efeitos da inflação insuficientes, com destaque para a meia pensão, que é vista como negativa por 61% dos inquiridos.

As entrevistas foram realizadas entre os dias ​21 e 24 de Setembro de 2022 a 810 pessoas maiores de 18 anos residentes em Portugal. O desvio padrão máximo de uma proporção é de 0,017, ou seja, o inquérito tem uma margem de erro de 3,44%.

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