Turismo bate novo recorde em Portugal. Agosto com máximos de hóspedes e dormidas

Houve 3,4 milhões de hóspedes e 9,9 milhões de dormidas contabilizados pelo INE, valores que ficam 1,2% e 2,8% acima, respectivamente, de Agosto de 2019.

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Algarve foi a única região com uma descida nas dormidas face a Agosto de 2019 Duarte Drago

O turismo assistiu em Agosto a um novo recorde, com 3,4 milhões de hóspedes e 9,9 milhões de dormidas contabilizados pelo INE, valores que ficam 1,2% e 2,8% acima, respectivamente, de Agosto de 2019. Os turistas estrangeiros são a maior fatia, mas o impulso mais vigoroso veio dos portugueses, com o mercado interno a crescer 8,2%, enquanto os mercados externos ficam ligeiramente abaixo de 2019, ao sofrer uma quebra de 0,2%.

De acordo com a estimativa rápida da actividade turística divulgada esta sexta-feira (que não engloba as unidades de alojamento local com menos de 10 camas), os não residentes foram responsáveis por 58% do total do número de hóspedes, e por 62% das dormidas.

Numa análise por regiões, apenas o Algarve, que é região turística mais importante nesta época (com um peso de 32%, seguida por Lisboa com 21%), teve uma descida, de 7,1%, face aos valores do mesmo mês de 2019 (pré-pandemia). Do lado contrário estão a Madeira, com mais 16,9% nas dormidas, e o Norte, com mais 15,9%.

O INE refere ainda que os “principais mercados emissores aproximaram-se dos resultados de 2019”, com o britânico a subir 0,3% nas dormidas e o espanhol a descer 3,1% face a Agosto de 2019. A subida com mais impacto foi a dos EUA, com +28,3%, enquanto o Brasil sofreu uma quebra de 19,1%.

A informação hoje disponibilizada ainda não engloba valores das receitas de Agosto, mas os agentes do turismo têm alertado para o facto de que a subida do volume de negócios não corresponder a uma subida das margens, devido à inflação e à subida dos custos das matérias-primas, da energia e dos transportes, e dos salários no sector. Por outro lado, sublinham que a recuperação surge depois de dois anos de forte impacto negativo da pandemia de covid-19, e que poderá ser atenuada ou travada por uma recessão.

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