Espanha sofre desfalque nas contas com uma Suíça renascida das cinzas

Liderança muda de mãos no grupo de Portugal, que pode jogar com dois resultados em Braga.

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Reuters/JUAN MEDINA

Portugal despertou o monstro dos Alpes e a Espanha foi a segunda vítima de uma Suíça renascida das cinzas, que venceu, por 1-2, em Saragoça e obrigou a rasurar as contas do grupo, promovendo uma nova ordem que pode acabar da pior forma para o finalista vencido de 2020/21.

A Espanha tinha, em tese, uma missão bem mais simples do que Portugal para chegar à última ronda em posição privilegiada para seguir para a “final four”. Em 24 encontros com a Suíça, a “Roja” apenas por uma vez perdera com os helvéticos, há 12 anos, por 1-0, na fase de grupos do Mundial da África do Sul, conquistado pelos espanhóis com um único desaire. Agora, em solo espanhol, o desfalque revelou-se um verdadeiro rombo nas contas do grupo.

Animada pelo triunfo conseguido frente a Portugal, o único até ontem nesta Liga das Nações, a Suíça jogava no La Romareda a sobrevivência no grupo, consciente de que uma derrota em Espanha e um triunfo dos checos frente a Portugal a relegaria para a Liga B. Mas nada disso se confirmou, muito pelo contrário.

Ainda assim, sem surpresa, a Espanha, com algumas opções discutíveis no onze — Jordi Alba e Marco Asensio são segundas escolhas no Barcelona e no Real Madrid, respectivamente —, impôs o ritmo, controlou a posse de bola, mas falhou claramente na finalização, não conseguindo um único remate enquadrado com a baliza em toda a primeira parte.

Nesse capítulo, a Suíça revelava-se mais assertiva e sempre que chegava perto da baliza de Unai Simón fazia-o com perigo. De tal forma que chegou, mesmo, à vantagem num golo de Manuel Akanji (21’). O central do Manchester City foi mais forte e competente num canto, assinando o seu primeiro golo pela selecção.

Luis Enrique não cedeu e manteve a aposta no mesmo onze para a segunda parte. Coerência premiada com um golo “inventado” por Asensio e assinado por Alba (55’), a tal dupla surpresa. E quando os ventos pareciam prestes a mudar, Akanji reapareceu num canto para desviar a bola que Embolo (58’) levou às redes de Unai Simón.

Até final, a Espanha tentou tudo, mas sem sucesso, averbando a primeira derrota no grupo, que a deixa no fio da navalha no jogo decisivo de Braga, com Portugal, onde está obrigada a vencer.

Ao vencer na Arménia no início da tarde, em partida dirigida pelo árbitro português João Pinheiro, a Ucrânia adiou, automaticamente, qualquer possibilidade de a Escócia carimbar o passaporte para a Liga A. Pelo menos neste encontro, apesar de os escoceses terem vencido (2-1) a República da Irlanda. Os ucranianos golearam por 0-5 os arménios e recuperaram, provisoriamente, a liderança que tinham perdido na ronda anterior, na Escócia, com a primeira derrota neste grupo 1.

Igualmente animada esteve a luta no grupo B4, onde a Noruega perdeu pela primeira vez (2-1) na Eslovénia, adiando a promoção à Liga A. Os eslovenos deram a volta ao resultado e ainda viram a Sérvia bater a Suécia (4-1), também numa reviravolta com hat-trick de Mitrovic.

Os sérvios assumiram, inclusive, a liderança que defenderão na Noruega, na última ronda. Os suecos terão, por seu lado, de vencer a Eslovénia para evitarem a despromoção. No grupo B2, encurtado com a exclusão da Rússia, Israel precisava de um triunfo na recepção à Albânia para tirar a Islândia da equação. Os israelitas, com Miguel Vítor no onze, cumpriram (2-1).

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