Presidente da República diz que caso de militar internado parece ser diferente de situação em 2016

“Há um inquérito em curso mas pode acontecer que a situação seja muito diferente à anterior”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, comparando com a situação de há seis anos quando morreram dois jovens num exercício.

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Marcelo Rebelo de Sousa acompanha situação de militar dos Comandos LUSA/JOSÉ COELHO

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse este domingo que o caso do militar internado em Lisboa parece ser “uma situação muito diferente” da ocorrida há seis anos, quando morreram dois jovens num exercício.

“Há um inquérito em curso mas pode acontecer que a situação seja muito diferente à anterior”, afirmou hoje Marcelo Rebelo de Sousa, durante uma visita à Feira do Livro de Lisboa.

O militar dos Comandos foi internado no Hospital de Curry Cabral no sábado, tendo sido operado, uma intervenção que se traduziu num transplante hepático que “terminou esta madrugada” e “correu bem”, segundo o Presidente da República, que é Comandante Supremo das Forças Armadas.

Marcelo sublinhou que há seis anos “foi bem mais dramático”, já que houve vítimas mortais. Além disso, acrescentou, agora tratou-se de “uma paragem cardiovascular durante a refeição o que é diferente de ser num exercício”.

Marcelo voltou a sublinhar que o caso esta a ser investigado e que e preciso esperar. “Vamos esperar pelo inquérito. Foram aventadas várias hipóteses que, se se verificarem, são diferentes da situação de 2016”, sublinhou o Presidente.

O Presidente da República já tinha hoje emitido uma nota afirmando que está a acompanhar o estado de saúde do militar internado em Lisboa e divulgando que aquele formando dos Comandos tinha sido sujeito a um transplante.

A nota foi publicada no sítio oficial da internet da Presidência depois de no sábado o Estado-Maior do Exército ter ordenado a interrupção do 138.º Curso de Comandos até ao apuramento do processo de averiguações àquela formação, na qual dois militares foram hospitalizados, um teve de ser sujeito a um transplante hepático.

“Por determinação do General Chefe do Estado-Maior do Exército, encontram-se interrompidas as actividades do 138.º Curso de Comandos, até se apurarem, com brevidade mas com a máxima precisão, as conclusões do Processo Averiguações e da Inspecção Técnica Extraordinária aquela acção de formação militar”, divulgou o Gabinete do Chefe do Estado-Maior do Exército.

Na quarta-feira dois militares deste curso foram hospitalizados, sendo que um deles, que sofreu uma interrupção respiratória, entretanto já teve alta hospitalar.

Segundo o Exército, durante a tarde de quarta-feira um militar que estava a frequentar este curso dos comandos “sentiu-se indisposto” durante uma “marcha corrida de cinco quilómetros”, no Regimento de Comandos da Serra da Carregueira, no distrito de Lisboa.

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