Os últimos dias do mágico Costini ou o fim das ilusões

Sem truques, Costini é apenas Costa, o homem que não fez o que devia ter sido feito na altura certa, e que em breve pagará o preço das suas ilusões.

Em 2015, eu acreditava que António Costa não iria durar mais do que um par de anos com aqueles parceiros de governo e com um programa de inconcebíveis reversões – do regresso das 35 horas à função pública ao retorno da TAP à esfera do Estado. Em 2017, comecei a perceber que estava redondamente enganado: o génio de António Costa tinha criado uma inesperada dupla de prestidigitadores político-financeiros – Costini & Centini, os formidáveis ilusionistas da “geringonça” –, que à boleia de uma situação internacional extraordinariamente favorável, dois parceiros disponíveis para se fingirem enganados em troca de migalhas e acesso aos corredores do Estado, e de uma estratégia de cativações que transformou cada Orçamento de Estado numa obra de ficção científica, o primeiro-ministro encontrara a fórmula perfeita para a sua durabilidade política.

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