MPLA ganha as eleições em Angola com 51,07%

A última actualização de resultados provisórios confirma a vitória do partido no poder com maioria absoluta. UNITA fica com 44,05%, mas tem uma vitória retumbante em Luanda.

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Polícia de intervenção dispersou uma multidão em protesto no maior mercado de Luanda LUSA/PAULO NOVAIS

O MPLA ganhou as eleições gerais de quarta-feira em Angola, conseguindo 51,07% dos votos e 124 deputados e garantindo uma maioria absoluta para os próximos cinco anos. De acordo com a última actualização de resultados provisórios da Comissão Nacional Eleitoral, a UNITA ficou com 44,05% dos votos, o que lhe permitirá ter 90 assentos na próxima Assembleia Nacional.

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Apesar da forte descida em relação ao resultado nas eleições de 2017, o MPLA evita, segundo os números oficiais, a derrota e o seu cabeça de lista, João Lourenço, consegue ser eleito para um segundo mandato como Presidente de Angola.

Para a UNITA, além da forte subida em relação ao resultado obtido em 2017, há a registar vitórias em três províncias, Luanda, Cabinda e Zaire.

A oposição venceu em toda a linha na principal praça eleitoral do país, suplantando o partido no poder por quase 435 mil votos, chegando aos 62,59% contra 33,31% do MPLA. Uma derrota em Luanda que ensombrece a vitória nacional do MPLA e mostra um declínio do partido no poder no centro nevrálgico do poder.

Os resultados finais provisórios, com 97,03% dos votos apurados (o restante, disse Lucas Quilundo, o porta-voz da CNE, não alterará o resultado final e a atribuição de mandatos), mostram, por outro lado, aquilo que já se pressentia na campanha eleitoral e nas sondagens que foram publicadas, a bipolarização da política angolana, com MPLA e UNITA a ocuparem 214 lugares dos 220 da Assembleia Nacional.

Só PRS, FNLA e o estreante Partido Humanista, de Bela Malaquias, conseguiram mandatos, exactamente dois cada um.

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