Bronze e novo recorde para Diogo Ribeiro nos Europeus de natação

Nadador de Coimbra cumpriu os 50m mariposa na final, em Roma, em 23,07s, um novo máximo nacional.

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Diogo Ribeiro com a medalha de bronze, em Roma FPN

Diogo Ribeiro alcançou nesta sexta-feira o ponto mais alto da carreira, ao conquistar a medalha de bronze, nos 50m mariposa, nos Campeonatos da Europa de natação, que decorrem em Roma. Ainda com idade júnior, o nadador de Coimbra juntou ao terceiro lugar na final mais um recorde nacional, depois de ter voltado a baixar a fasquia, agora para os 23,07s.

Está a ser um evento memorável para o jovem que há cerca de um ano assinou pelo Benfica. A caminho da final, já tinha pulverizado o recorde de Portugal (que, de resto, já lhe pertencia) por duas vezes: nas eliminatórias, começou por baixar dos 23,28s para os 23,24s, e na meia-final chegou mesmo aos 23,18s. Uma marca de respeito, que lhe permitia entrar na final com o quarto melhor registo.

Diogo Ribeiro, porém, voltou a subir de nível na prova decisiva. Aos 17 anos, com uma maturidade e solidez fora do comum, voltou a melhorar o recorde absoluto nos 50m mariposa, que é agora de 23,07s. Melhor do que ele, na final, só mesmo o italiano Thomas Ceccon (22,89s), com o título europeu, e o francês Maxime Grousset (22,97s), segundo classificado.

Para se ter uma ideia da performance de Diogo Ribeiro, basta dizer que a marca agora alcançada fica muitíssimo perto do recorde mundial júnior (23,05s), que pertence ao russo Andrei Minakov desde 2002.

De resto, esta é apenas a terceira vez na história que Portugal consegue uma medalha nos Europeus de natação, depois de Alexandre Yokochi em 1985 (Sófia, Bulgária), nos 200m bruços, e de Alexis Santos em 2016 (Londres, Inglaterra), nos 200m estilos.

E se dúvidas ainda subsistissem quanto ao extraordinário momento de forma que Diogo Ribeiro atravessa, elas dissipar-se-iam pouco depois da final. Vinte e seis minutos após o bronze, o português voltou à água para competir nos 100m livres. Se estava cansado, pouco se notou: nas meias-finais, conseguiu o nono melhor tempo e renovou o recorde nacional da distância.

Ao nadar em 48,52s — que lhe valeu um quarto lugar na série —, o atleta do Benfica retirou 20 centésimos ao anterior recorde, que datava de 31 de Março, altura em que ele próprio estabelecera um novo máximo, em Coimbra.

Nesta especialidade, cuja final será disputada no sábado à tarde (17h22), o grande favorito é a sensação romena David Popovici, também ele de 17 anos. Recordista europeu e mundial na categoria júnior à entrada para este evento, pulverizou, nesta sexta-feira, esses recordes e apoderou-se do máximo europeu absoluto, ao apurar-se com facilidade graças à incrível marca de 46,98s — o recorde do mundo é 46,91s, do brasileiro César Cielo.

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Antes da entrada na água de Diogo Ribeiro, já Camila Rebelo tinha terminado a final dos 200m bruços. A nadadora do Louzan melhorou ligeiramente a marca que obtivera nas meias-finais e, com 2m11,03s, terminou na quinta posição, numa prova conquistada pela italiana Margherita Panziera (2m07,13s).

A outra portuguesa a competir por uma medalha na jornada de ontem ficou uma posição abaixo, em sexto, na final dos 800m livres. Tamila Holub concluiu o percurso em 8m36,36s, bem distante da vencedora (a italiana Simona Quadrarella, com 8m20,54s) e também do recorde de Portugal, fixado por Diana Durães em 2018 (8m29,33s).

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