Pelos lagares e olivais: Alentejo aposta em nova Rota dos Azeites do Alentejo e guia interactivo

A Rota dos Azeites do Alentejo vai ser reestruturada e ficará como “nova” em 2023. Para dinamizar o sector e “convidar” turistas e consumidores a visitarem lagares e olivais da região.

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No olival do Monte da Oliveira (Évora) Jose Sarmento Matos

A criação do guia interactivo e a reestruturação da Rota dos Azeites do Alentejo fazem parte de um projecto desenvolvido pelo Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo (CEPAAL), com sede em Moura, no distrito de Beja, apresentado n.

“Há muitos lagares já com condições para serem visitados” e o objectivo é levar “turistas e consumidores que se interessam por azeite aos lagares e olivais de todo o Alentejo”, afirmou à agência Lusa o presidente do CEPAAL, Gonçalo Morais Tristão.

Além de ajudar os turistas nas visitas aos espaços onde se produz azeite, o guia interactivo também vai dar informação aos associados do CEPAAL e a todos os produtores da região, indicou o responsável.

“O guia é uma maneira de arranjarmos um instrumento que tenha a maior informação possível acerca do sector para produtores e para turistas e consumidores que se interessam por azeite”, resumiu.

Com lançamento previsto no próximo ano, o novo guia interactivo será suportado na página de Internet do CEPAAL e numa aplicação para telemóveis e terá ligação à Rota dos Azeites do Alentejo, organizada por esta associação.

“O guia interactivo e a sua ligação à rota são inovadores”, considerou Gonçalo Morais Tristão, adiantando que a Rota dos Azeites do Alentejo também vai ser reestruturada para abranger mais locais em “todo o Alentejo”, para ser “uma verdadeira rota”.

Segundo o responsável, actualmente, a Rota dos Azeites do Alentejo até “tem tido algumas visitas, não de uma forma massificada”, mas é “pouco conhecida” e abrangente em termos territoriais, ou seja, é “muito à volta da zona de Moura”.

“É essencial ligar ao turismo a produção de azeite no Alentejo, a maneira de fazer azeite e os locais onde se faz”, apontou, salientando que “os grandes países produtores de azeite na Europa já têm este turismo olivícola há muitos anos”.

Portugal está agora “a dar os primeiros passos” na área do turismo olivícola e é “muito importante continuar a dar passos”, pois, “todos beneficiam” com a ligação do turismo à produção de azeite, acrescentou o presidente do CEPAAL.

Denominado “OLI(V)ALL-IN - Sobre Azeite e Olival”, o projecto do CEPAAL, que envolve um investimento superior a 46 mil euros, é co-financiado por fundos comunitários e nacionais, através do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR2020).

A par do guia interactivo e da reestruturação da Rota dos Azeites do Alentejo, o projeto inclui ainda a elaboração de um plano de acção para aumentar a competitividade do setor e a realização de duas edições do Congresso Nacional do Azeite.

Criado em 1999, o CEPAAL, com 22 produtores associados, além de instituições do setor, organismos do Estado, municípios e universidades, é uma associação sem fins lucrativos que tem como objectivo dinamizar e promover os sectores oleícola e olivícola.

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