Pedro Chagas Freitas é o autor escolhido por Portugal para leitura de Verão dos europeus

A Raridade das Coisas Banais, que surge comparado a O Principezinho, de Saint-Exupéry, foi a escolha da Representação Permanente de Portugal na União Europeia para a iniciativa Leitores da Europa. Sucede às Novas Cartas Portuguesas, de Maria Isabel Barreno, Maria Velho da Costa e Maria Teresa Horta, e a Leva-me contigo, de Afonso Reis Cabral.

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O autor Pedro Chagas Freitas
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A Raridade das Coisas Banais wikicommons

Desde 2020, por iniciativa da então presidência croata da União Europeia (UE), que as várias representações nacionais permanentes em Bruxelas sugerem aos cidadãos europeus um livro para leitura de Verão. Começou em contexto pandémico – a ideia seria contribuir para atravessar de forma mais agradável os confinamentos – e, três Verões depois, a iniciativa baptizada Leitores da Europa mantém-se. Este ano, a escolha da delegação portuguesa recaiu sobre A Raridade das Coisas Banais (Oficina do Livro, 2022), de Pedro Chagas Freitas, apresentado no texto de recomendação no site do Conselho Europeu como uma obra “muito ao modo de O Principezinho, de Antoine de Saint-Exupéry”, uma “lição extraordinária sobre o que deve estar sempre no centro do que significa ser humano”.

O livro do escritor vimaranense de 42 anos sucede a Leva-me contigo, de Afonso Reis Cabral, escolha portuguesa de 2021, e às Novas Cartas Portuguesas, de Maria Isabel Barreno, Maria Velho da Costa e Maria Teresa Horta, seleccionado em 2020.

Este ano, designado pela União Europeia Ano Europeu da Juventude, a Biblioteca do Conselho Europeu, promotora da iniciativa, desafiou as representações dos vários países a sugerirem um talento literário emergente, com primeira obra publicada nos últimos cinco anos. Pedro Chagas Freitas, curiosamente, não se inclui na categoria, e por larga margem: Mata-me, o seu primeiro livro, saiu pela Corpos Editora em 2009; Prometo Falhar (Marcador), o seu título mais conhecido, best-seller escrito em interacção com os seus seguidores no Facebook, chegou em 2014.

Livro mais recente de um autor campeão de vendas, condição que não é acompanhada pela validação da crítica literária, de um escritor cuja bibliografia ascende a cerca de três dezenas de obras, entre as quais o supracitado Prometo Falhar, Queres Casar comigo Todos os Dias, Prometo Perder, Prometo Falhar Todos os Dias, Prometo Amar, M#rda, Amo-te, É Urgente Amar ou Foste a Maneira mais Bonita de Errar, A Raridade das Coisas Banais é um “livro sem receio de fazer perguntas filosóficas”, reflectindo, através dos protagonistas, Zambu e Zé Pedro, sobre “a infância e a morte, sobre o que significa ser um adulto, sobre o amor”, lemos no texto de apresentação elaborado pela Representação Permanente de Portugal na UE.

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