O tráfico de africanos escravizados. A formação do Brasil e o papel de África e dos africanos

Desde os anos 1550, navios portugueses deportam regularmente africanos para o Brasil. Durante a União Ibérica, consórcios de mercadores lisboetas arrematam os contratos de remessas de africanos à América espanhola (Asiento de Negros). Somando-se ao comércio de escravizados destinado ao Brasil, estes novos circuitos atlânticos transformam Lisboa na capital traficante do Ocidente.

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"Navio negreiro", de Johann Moritz Rugendas (1830) Colecção Museo Itaú Cultural

Como é sabido, a maior parte dos africanos deportados para as Américas (46% do total) desembarcou na América portuguesa e no Brasil independente. O império do Brasil foi a única nação que praticou intensivamente o tráfico atlântico de africanos até 1850. Foi ainda o último país americano a abolir a escravidão, em 1888. Ao contrário do que ocorria nos Estados Unidos, onde o escravismo era regionalizado, a propriedade de cativos africanos tinha plena legalidade em todo o território brasileiro, tornado o mais extenso agregado escravista das Américas.

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