BCP lucra 74,5 milhões no primeiro semestre

Grupo liderado por Miguel Maya sextuplicou o resultado líquido num ano

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Miguel Maya é o presidente executivo do grupo BCP LUSA/MANUEL DE ALMEIDA

O Millennium bcp teve lucros de 74,5 milhões de euros no primeiro semestre, disparando mais de 500% face aos 12,3 milhões de euros registados nos primeiros seis meses de 2021, divulgou o banco esta quarta-feira.

No período em análise, o grupo bancário obteve um “aumento dos proveitos core em 22,7%”, com a margem financeira a melhorar 28,6%, para 985,2 milhões de euros.

Contabilizando só Portugal, o resultado líquido foi de 174,5 milhões de euros, “um aumento expressivo”, de quase 300%, face “aos 45,1 milhões de euros alcançados no primeiro semestre de 2021”.

No comunicado às redacções, o grupo afirma que para a evolução da actividade em Portugal contribuíram, por um lado, o “aumento dos proveitos core”, reflectindo o “desempenho positivo evidenciado quer pela margem financeira, quer pelas comissões líquidas”; e por outro, “a redução registada nos custos com o pessoal” já que em igual semestre de 2021 o banco tinha constituído “uma provisão, no montante de 81,4 milhões de euros, para fazer face aos custos com o plano de ajustamento do quadro de pessoal que o Banco levou a cabo nesse ano”.

“Inversamente”, acrescenta, “a evolução do resultado líquido da actividade em Portugal foi condicionada pelo aumento das dotações para imparidade do crédito (líquidas de recuperações), e pela redução dos resultados em operações financeiras”.

Em comunicado ao mercado, o grupo liderado por Miguel Maya afirma que o desempenho global foi influenciado pelo “aumento dos proveitos core do grupo em 22,7% com custos controlados; “contribuições obrigatórias para entidades nacionais do sector bancário em Portugal de 62,2 milhões de euros”; e por “efeitos extraordinários relacionados com o Bank Millennium [banco polaco do grupo financeiro português] incluindo encargos de 257,82 milhões de euros associados à carteira de créditos em francos suíços, contribuição de 54,3 milhões de euros para o Fundo de Protecção Institucional polaco e registo da imparidade do goodwill do Bank Millennium de 102,3 milhões de euros”.

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