Bolsas arrancam mistas e juros das dívidas descem após decisões do BCE

Numa sessão em que os mercados ainda estão a assimilar as novidades do BCE, o euro cai face ao dólar e o barril de Brent, referência para a Europa, sobe ligeiramente.

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Mercados ainda estão a digerir novidades anunciadas pela presidente do BCE, Christine Lagarde Wolfgang Rattay/Reuters

As decisões do Banco Central Europeu (BCE), em especial a subida de taxas de juros acima do esperado, em 0,5 pontos percentuais, provocaram reacções de sinais contrários nos mercados accionistas, num primeiro momento, e a queda dos juros das dívidas da zona euro, incluindo a portuguesa.

Os juros da dívida portuguesa desciam esta sexta-feira nos prazos a dois (0,943%), cinco (1,589%) e 10 anos (2,323%). A mesma tendência verificava-se com as obrigações soberanas de Espanha, da Irlanda e da Itália.

No mercado accionista, os principais índices europeus abriram mistos, com variações modestas, mas às 9h30 já se encontravam praticamente todos positivos, embora com reduzida valorização. A bolsa de Lisboa abriu a ganhar 0,27%.

Os contratos de futuros do Brent, para Setembro, referência para a Europa, subiam cerca de 0,3% para 104,2 dólares por barril. Os futuros do WTI, referência para os Estados Unidos, caíam 0,20%, para 96,58 dólares por barril.

O euro cai 0,69% face à congénere norte-americana, para 1,0158 dólares.

A evolução cautelosa dos mercados acontece depois da subida das taxas de juro de forma mais acentuada, em 0,50 pontos percentuais, quando inicialmente estavam pré-anunciados 0,25 pontos.

Num ambiente marcado ainda pela crise política em Itália e pela degradação do cenário macro-económico, os investidores receberam com alívio a promessa do Banco Central Europeu de utilizar o novo mecanismo, o Instrumento de Protecção da Transmissão, se as dívidas soberanas de um ou mais países apresentarem diferenciais das taxas de juro significativas.

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