Benefícios, limites e ridículo do discurso identitário

Saris só para indianas, capulanas só para africanas, rastas só para caribenhos e um quilométrico et cetera. Não me ocorre nenhum conceito que não envolva violência e que seja tão castrador e reacionário quanto este da apropriação cultural.

É uma dificuldade que tenho no debate atual: não sou tribalista e não consigo (nem quero) olhar para as variadas questões com infantilidade polarizadora, ausência de nuance, contexto e (sobretudo) informação histórica, ou visão de que tudo, mesmo o tema revestido de maior complexidade, é a preto e branco. Claro que há temas também para mim a preto e branco. Violência sexual é a preto e branco. Contudo, temas neste alto contraste são escassos e, como dizia uma personagem da série televisiva West Wing, normalmente envolvem contagem de corpos.

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