A chave do armário e o orgulho da invisibilidade

“Os limites da minha linguagem significam os limites do meu mundo”, escreve Wittgenstein no Tractatus Logico-Philosophicus (1921). Ora, se não há palavra para descrever quem sou, quem sou eu? Será que existo? Que existência me é permitida para mim própria, na sociedade, na democracia?

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EPA/RUI FARINHA

No brilhante programa da Antena 1 Fora do Armário, criado e conduzido por Paulo Côrte-Real, a última pergunta feita às pessoas entrevistadas era sobre a sua chave do armário. O programa tinha por ambição, segundo o seu resumo, dar voz “a diferentes pessoas LGBT que quebram os silêncios que a discriminação tenta impor, partilhando as suas histórias de vida e de afirmação”. Esta pergunta final é inspirada do livro A chave do armário, do primeiro convidado, o antropólogo e ativista Miguel Vale de Almeida, e contou com a participação de pessoas ligadas à área da política, artes e ativismo.

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