Novo Banco vendeu carteira de malparado antes de ter parecer favorável sobre comprador

A Deloitte analisou os processos de venda de duas carteiras de malparado, iniciados em 2020, e concluiu que foram vendidas ao melhor preço. Contudo, em ambos os processos, a consultora identifica falhas.

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António Ramalho, presidente demissionário do Novo Banco LUSA/ANTÓNIO COTRIM

As duas carteiras de crédito malparado que o Novo Banco colocou no mercado em 2020 foram vendidas ao melhor preço e as decisões foram suportadas com base no aconselhamento do assessor jurídico destes processos. Mas, em ambos, são detectadas falhas. Num dos casos, em concreto o projecto que foi apelidado de “Carter”, o departamento de compliance do Novo Banco emitiu um parecer favorável sobre o comprador desta carteira, no que diz respeito à análise em matéria de combate ao branqueamento de capitais e financiamento de terrorismo e de conflitos de interesse; mas esse parecer só chegou já depois de o conselho de administração ter fechado a venda com o comprador em causa.

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